Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Lei sobre abuso de autoridade pode ser um ‘veneno’, diz Dodge

Em discurso em Porto Alegre, chefe da PGR citou possível 'erro na dose', que transformaria o texto no 'abuso que deseja reprimir'

Por Estadão Conteúdo 16 ago 2019, 22h00

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, criticou nesta sexta-feira, 16, o teor do projeto de lei que trata sobre o abuso de autoridade. Para a chefe da Procuradoria-Geral da República, a decisão do Parlamento deve ser respeitada, porém, pondera, a esfera jurídica já dispõe de modos de contenção de abusos de agentes de Estado. Aprovado pelo Congresso, o texto aguarda sanção pelo presidente Jair Bolsonaro.

“É preciso considerar se esta lei recém-aprovada tem a dose certa de normatividade. Ou se, podendo ter errado na dose, faz com que um remédio se torne um veneno e mate o paciente. A boa lei fortalece as instituições, mas é preciso atentar para o fato de que a própria lei pode se tornar um abuso que deseja reprimir”, advertiu.

A declaração de Dodge foi dada no fim desta tarde, em Porto Alegre, durante cerimônia de inauguração da nova sede da Procuradoria da República do Rio Grande do Sul. “Todo o abuso de direitos por parte de órgãos de Estado viola o Estado de Direito”, emendou.

Nesta quarta-feira, 15, a Câmara dos Deputados aprovou texto que define os crimes de abuso de autoridade cometidos por servidores públicos, militares, membros dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, Ministério Público e dos tribunais ou conselhos de conta. A proposta foi considerada uma reação da classe política às operações recentes contra a corrupção, como a Lava Jato.

Ao discursar por cerca de 15 minutos, Raquel Dodge defendeu a Constituição ao reforçar que o papel do MPF também visa defender os direitos humanos e a democracia. “O MPF e o Judiciário não podem ceder ao clamor fácil das ruas virtuais. O MPF é plural e democrático. Os membros da instituição devem ter coragem e independência”, reforçou.

Continua após a publicidade

A manifestação da procuradora-geral da República vai na contramão do perfil buscado pelo presidente Jair Bolsonaro, que manifestou que o futuro chefe do MPF não pode ser “xiita ambiental” ou “supervalorizar” minorias.

Além disso, Bolsonaro já admitiu que troca na chefia da PGR pode ser efetivada apenas após o fim do mandato de Dodge, que se encerra em 17 de setembro. Nesse cenário, quem assumiria interinamente o órgão seria o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins, eleito para o posto na semana passada.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.