A Justiça Federal de São Paulo decretou a quebra do sigilo telefônico do ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) em um processo que o investiga por se beneficiar de um desvio de 40 milhões de reais da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A decisão deriva da Operação “E o Vento Levou” deflagrada na manhã desta quinta-feira.
A Polícia Federal também pediu um mandado de busca em endereços relacionados ao petista, mas a Justiça não atendeu a essa solicitação.
A juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, escreveu que a quebra do sigilo tem o objetivo de “confirmar eventual envolvimento do ex-governador de Minas Gerais na solicitação de vantagem indevida”.
A operação apura a informação de que houve superfaturamento de 40 milhões de reais em um contrato de energia eólica da empresa Renova, que recebeu 850 milhões de reais da Cemig. Esse valor teria sido escoado em contratos fictícios com outras empresas até chegar à mão dos alvos da operação.
Além da quebra do sigilo de Pimentel, a Justiça também decretou a quebra de sigilo do ex-deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) e de Leandro Gonçalves, que seria o suposto operador do ex-parlamentar.