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Juiz barra ato pró-Lula na Paulista no dia do julgamento no TRF4

Augusto França alega que não há clareza quanto a quem reservou a avenida primeiro, mas 'tudo indica' que teriam sido movimentos contrários ao petista

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 19 jan 2018, 22h06 - Publicado em 19 jan 2018, 22h06
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  • O juiz Antonio Augusto Galvão de França, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou nesta sexta-feira o pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para realizar na Avenida Paulista um ato a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 24. A central sindical ajuizou um mandado de segurança para garantir espaço na Paulista no dia em que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, vai julgar um recurso do petista contra sua condenação na Operação Lava Jato.

    A avenida, no entanto, também foi requisitada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo grupo Revoltados Online para uma manifestação contrária a Lula.

    A ação da CUT à Justiça se deu em razão da falta de acordo entre os movimentos para o uso do espaço, após uma reunião realizada com a Polícia Militar, na quarta-feira. “No caso em pauta, a entidade impetrante comunicou aos órgãos competentes o intuito de realizar evento às 14 horas, na Avenida Paulista, 1.578, na altura do Masp, com ‘carro de som de grande porte, falas políticas e ação cultural'”, anotou o juiz Antonio França.

    “Todavia, há notícia de que uma outra entidade indicou intuito em promover manifestação de ideal antagônico no mesmo dia e local”, escreveu o magistrado.

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    De acordo com o juiz, “não resta claro qual entidade protocolou primeiro o documento”. “Contudo, analisando a ata da reunião realizada junto à Polícia Militar, tudo indica que a preferência é da outra manifestação (anti-Lula)”, afirma o magistrado.

    Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal, de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O juiz federal entendeu que o petista recebeu 2,2 milhões de reais em propina da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá (SP).

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