Em um novo boletim médico sobre o estado de saúde do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o Hospital Albert Einstein, em São Paulo afirma que, após 48h de internação na Unidade de Tratamento Intensivo, Bolsonaro está “estável” e tem “nítida melhora clínica e laboratorial, sem nenhuma evidência de infecção”. O candidato à Presidência foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na última quinta-feira, 6, e operado na Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira.
“O quadro abdominal apresentou melhora nas últimas 24 horas e o paciente persiste em cuidados intensivos e com progresso do tempo de permanência fora de leito e caminhada”, diz o boletim, assinado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo.
O informe anterior sobre a recuperação de Jair Bolsonaro, divulgado por volta das 18h15 deste sábado, 8, relatou que ele passou 30 minutos do dia sentado em uma poltrona e caminhou durante 5 minutos pelo quarto com auxílio de um médico, um fisioterapeuta e uma enfermeira.
Os exercícios são para “reduzir os riscos de trombose, complicações pulmonares e acelerar a recuperação do funcionamento do intestino”. O tempo que Bolsonaro passará sentado e caminhando, de acordo com os médicos, “será gradativamente aumentado nos próximos dias, conforme tolerância do paciente às atividades”.
O deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro, filho do candidato, publicou na tarde de ontem, em sua conta no Twitter, uma foto em que Bolsonaro aparece sentado e fazendo gestos que imitam armas.
De acordo com o boletim deste domingo, Jair Bolsonaro continua em “jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa”.
O próximo informe da equipe médica do Albert Einstein sobre o estado de saúde do presidenciável está previsto para as 18h deste domingo.
A cirurgia
Segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora, que operaram Jair Bolsonaro, a facada desferida pelo ajudante de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira no candidato causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento chamado de colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Na sexta-feira, Flávio Bolsonaro disse que ele não deve mais fazer campanha nas ruas.
Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante após o atentado e, neste sábado, foi transferido pela Polícia Federal ao presídio federal de Campo Grande (MS).