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‘Já falei que não entendia de economia?’, diz Bolsonaro sobre PIB

Presidente relacionou o cenário de melhora com questões externas e reafirmou a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência

Por Da Redação 1 jun 2019, 20h52

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), declarou não entender de economia ao ser perguntado sobre projeções para o país após o Produto Interno Bruto (PIB) cair 0,2% no primeiro trimestre do ano. Ele relacionou o cenário de melhora com questões externas, além da necessidade de aprovar a reforma da Previdência, e afastou a possibilidade de criar impostos.

“Já falei que não entendia de economia? Quem entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na economia do Paulo Guedes“, declarou Bolsonaro, após um almoço na residência de um amigo no Lago Sul, em Brasília. “A gente quer melhorar os nossos índices aqui, agora passa por questões até externas”, acrescentou.

Ele citou possibilidade de o governo autorizar a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e afirmou que isso está sendo estudado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Prometeu apresentar novas medidas para os Estados após a reforma da Previdência. “Da minha parte, está descartada qualquer possibilidade de novo imposto ou majorar qualquer imposto, isso não existe”, destacou.

Ele ressaltou a importância de o Congresso aprovar o crédito suplementar solicitado pelo governo para garantir o pagamento da Previdência, de subsídios e de benefícios assistenciais. O governo, afirmou, está trabalhando para garantir a promessa de pagar a 13º parcela do Bolsa Família por meio do combate a fraudes no benefício.

Em relação a medidas provisórias, disse aguardar decisões do Congresso para encaminhamentos. A MP do Saneamento, por exemplo, perde a validade se não for aprovada até esta segunda-feira, 3. O texto não está na pauta da Câmara ou do Senado.

O presidente não quis falar sobre alternativas antes do prazo e afirmou acreditar que a MP que promove um pente-fino em pagamentos do INSS seja aprovada na segunda-feira, no Senado. Ele manifestou expectativa de o Senado aprovar a MP que altera o Código Florestal também na segunda-feira, prazo final para o Congresso votar o texto.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto, já garantiu que os senadores não votarão o texto. Para Bolsonaro, a bancada ruralista tem metade dos parlamentares no Congresso e poderia se mobilizar para aprovar a medida na segunda.

“De boa”

O presidente também declarou estar “de boa” com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e estar “bem” com o Congresso. No último dia 26, manifestantes foram às ruas para defender o governo e colocaram Maia e os parlamentares como um dos alvos. 

Bolsonaro ainda relatou que desejava editar uma medida provisória para alterar o prazo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas foi convencido pelo parlamentar fluminense a encaminhar um projeto de lei sobre o assunto.

“Logicamente, não tem urgência, eu reconheço, mas (uma MP) entra em prática imediatamente, essa que seria a ideia. Mas o Rodrigo Maia… tudo bem, eu estou de boa com o Rodrigo, sem problema nenhum, e segunda ou terça-feira a gente entra com o projeto”, disse Bolsonaro

Ao definir governabilidade, assunto pelo qual é criticado, o presidente classificou como “estar todo mundo em paz” e, em alguns casos, o povo entender que precisa ser sacrificado. Ele relatou que, como presidente da República, tem uma vida com “dificuldades”, mas não quis falar em erros nos cinco meses de governo. 

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Educação

Na área da Educação, o presidente prometeu divulgar nas próximas semanas ações para as universidades federais, que foram alvos de bloqueios orçamentários, mas não quis adiantar quais medidas o governo adotará na área.

O Ministério da Educação divulgou uma nota uma afirmando que professores e alunos não podem divulgar e estimular protestos durante o horário escolar, o que motivou a instauração de um inquérito do Ministério Público Federal.

Segundo o MPF, a nota fere artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como o que assegura à família e ao Estado o direito e o dever à educação. O órgão deu prazo de dez dias para que o MEC informe se acatará a recomendação de cancelar a nota enviada, sob risco de ficar sujeito a medidas judiciais.

O presidente relatou que não conversou com o ministro da pasta, Abraham Weintraub, sobre o assunto. “O que eu sempre recomendo aos ministros é o menos de marola possível. Faz a coisa em silêncio. Há interpretação, muitas vezes, equivocada e isso não é bom para a gente”, comentou Bolsonaro quando perguntado sobre a nota.

(com Estadão Conteúdo)

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