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Ironias, poucas propostas e bate-boca: o debate que você não viu no Rio

Candidatos ao governo do Rio de Janeiro participaram de encontro nesta quarta-feira (19)

Por Bruna Motta e Luísa Bustamante
Atualizado em 19 set 2018, 23h07 - Publicado em 19 set 2018, 21h58
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  • Candidatos ao governo do Rio de Janeiro voltaram a se enfrentar durante o debate eleitoral transmitido nesta quarta-feira (19) pelo SBT Rio. O clima morno do encontro só foi abalado por acusações ao ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio Guanabara, com 24%, e por embates entre o ex-governador Anthony Garotinho (PRP), e Wilson Witzel, do PSC. Confira os bastidores do enfrentamento entre os candidatos:

    Paes, o popular

    Ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes ficou plantado na porta do seu camarim antes do debate cumprimentando todos que passavam. “Ainda acham que eu sou o prefeito”, dizia. Nos bastidores, papeou e riu com Romário Faria (PSD), segundo colocado nas pesquisas, e com os opositores Tarcísio Motta e Marcelo Freixo, do Psol. Antes da transmissão, Paes e Tarcísio chegaram a trocar afagos, afirmando que, num eventual segundo turno entre os dois, o debate teria mais qualidade.

    Luta livre

    O embate da noite ficou por conta de Anthony Garotinho e Wilson Witzel. Os dois trocaram acusações sobre os processos que o ex-governador responde na Justiça. Garotinho disparou: “Eu disse a casa do (Jorge) Picciani aonde era, a fazenda, as barras de ouro, a conta da família do Eduardo Paes. Diga a minha, Dr. Witzel. O senhor não é juiz? Não é homem corajoso? Diga onde tenho dinheiro. Diga onde eu tenho fazenda”. O ex-juiz federal devolveu, com dedo em riste: “O senhor é que tem que explicar de onde vem o dinheiro”. No intervalo, os dois continuaram se bicando.

    Luta livre 2

    Wilson Witzel se ofendeu quando Garotinho afirmou, sem citá-lo, que não pode existir “juiz mentiroso”. Pediu direito de resposta. Garotinho ficou satisfeito e riu. Depois, quando o direito de resposta foi concedido, adotou uma estratégia estranha: usou seu tempo para dar mais tempo de fala para o rival explicar se teve a intenção de ofendê-lo.

    Sobrou para todo mundo

    Tarcísio ficou impressionado com a metralhadora de Witzel contra os candidatos, especialmente Garotinho. Depois do debate, contou que sobrou até para ele mesmo. “Estava explicando para ele que era estrategicamente ruim pedir direito de resposta e dar ainda mais tempo para Garotinho falar. Ele veio pra cima de mim: ‘Vá dar aulas para os seus alunos’.”

    Xerife

    Witzel, que adotou uma postura mais amena no último debate, atacou também Romário, dizendo que ele não conseguia administrar nem mesmo uma boate. Colega de Tarcísio Motta, Marcelo Freixo ironizou a postura do rival no fim do encontrou: “Faltou lembrar que ele é candidato a governador, não a xerife,” afirmou.

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    O interessado

    Sentado entre Witzel e Garotinho, Indio da Costa (PSD) ironizou: “Vamos parar com isso e ouvir o debate, gente”, falou, rindo. A propósito, durante o encontro, o candidato alternou sua atenção entre o celular e os colegas. E não conteve alguns bocejos.

    Pontual

    Romário, que andou dizendo que não iria para debates e entrevistas, pareceu mais comprometido. Foi o primeiro candidato a chegar para a transmissão do debate do SBT Rio.

    Media training

    Candidata do PT, Márcia Tiburi apareceu mais treinada para este debate. Não usava os botons em homenagem a Lula, mas arrancou risadas dos candidatos quando afirmou que o PT “sempre lutou contra a corrupção”.

    Apoio

    Durante as respostas do candidato Tarcísio Motta, o deputado estadual Marcelo Freixo, presente na plateia e colega de partido, balançava a cabeça satisfeito com o que o colega dizia.

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    Coleguinhas de trabalho

    O clima da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro acabou visitando os estúdios do SBT. Antes do debate, Marcelo Freixo e Pedro Fernandes, ambos deputados, conversaram a respeito de uma cirurgia que o segundo fará em dezembro.

    Não se abalou

    Depois do debate, Eduardo Paes minimizou as habituais críticas recebidas por ter feito parte do grupo do ex-governador Sérgio Cabral, preso e condenado a mais de cem anos por corrupção. Respondendo às farpas de Garotinho, lembrou que o rival chegou a ser preso três vezes nos últimos dois anos. “E eu lá vou pedir direito de resposta para presidiário?” Depois, perguntou a jornalistas qual foi o resultado da pesquisa Ibope divulgada durante o encontro e tirou selfies com admiradores.

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