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Investigação sobre Zambelli apontar arma a homem negro em SP chega ao STF

Caso foi enviado pela polícia paulista e será analisado pela ministra Cármen Lúcia; deputada bolsonarista perseguiu jornalista na véspera do 2º turno

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2022, 12h31

A Polícia e a Justiça de São Paulo enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início da semana a investigação do caso envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), em que ela sacou uma pistola e perseguiu um homem negro em uma rua dos Jardins, na capital paulista, no último sábado, 29. Em meio à perseguição de armas em punho ao jornalista Luan Araújo, na véspera do segundo turno das eleições, um amigo de Zambelli que fazia sua segurança fez um disparo, que não atingiu ninguém, e acabou preso pela Polícia.

Os autos do inquérito foram enviados pelo delegado Sebastião Mariano Cavallaro ao STF na segunda-feira, 31. A petição foi autuada nesta quinta-feira, 3, e distribuída à ministra Cármen Lúcia, a quem caberá analisar os documentos, entre os quais depoimentos da deputada e de seu segurança, de Araújo e dos policiais militares que atenderam à ocorrência.

“Em relação a eventual conduta irregular praticada pela Deputada Federal será encaminhado o referido expediente ao Supremo Tribunal Federal”, escreveu o delegado em seu relatório final, apresentado à Justiça paulista.

A deputada foi alvo de outras ações no STF por causa do caso em São Paulo. Uma delas é uma notícia-crime movida pelo PT por possíveis crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo, perigo para a vida ou saúde de outrem e crime eleitoral. O ministro Gilmar Mendes enviou a ação à Procuradoria-Geral da República para manifestação.

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Arma apontada a lulista

Carla Zambelli sacou sua pistola, uma Taurus 9 milímetros, e correu atrás de Luan Araújo em meio a uma briga na Alameda Lorena na tarde do sábado. O policial militar Valdecir Silva de Lima Dias, conhecido como Barão, amigo e segurança dela, também perseguiu o rapaz de 32 anos de arma em punho.

Em seu depoimento à Polícia, Zambelli disse que, nas horas anteriores, vinha sendo ameaçada por meio de ligações e mensagens e estava “muito abalada, em estado de terror”. Segundo a deputada, ela foi xingada e alvo de cusparadas na saída de um restaurante onde havia almoçado e, em meio às discussões, viu “uma pessoa desconhecida o qual trouxe a mão na cintura que se encontrava um volume característico ao porte de arma de fogo”. Ela relatou ainda ter sido empurrada e caído – um vídeo do momento, no entanto, mostra que ela se desequilibrou em meio a um bate-boca, caiu e em seguida passou a correr atrás de Araújo.

Já o jornalista, eleitor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que saía de uma hamburgueria quando começou uma troca de provocações entre ele e apoiadores de Carla Zambelli, que depois passou a uma discussão. Em seguida, segundo Luan Araújo, a deputada e seu segurança teriam passado a correr atrás dele, momento em que ouviu um estampido de tiro. Depois, ainda conforme Araújo, a bolsonarista o alcançou e, apontando a pistola, mandou que deitasse no chão. Ele entrou em uma lanchonete, seguido pela deputada e apoiadores, onde o jornalista afirma que “os ânimos foram se acalmando”.

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