Inquéritos que investigam Aécio e Bezerra podem deixar Supremo
Investigações que têm como alvo os senadores estão entre os casos que podem ser remetidos para outras instâncias, após restrição do foro privilegiado
Investigações que têm como alvo os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) estão entre os casos que podem ser remetidos para outras instâncias, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado para deputados federais e senadores.
Uma das investigações contra Aécio no Supremo apura suposta atuação do tucano para maquiar dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005, e esconder a relação entre o Banco Rural e o mensalão mineiro. Na época dos fatos, Aécio era governador de Minas.
Já a que envolve o senador Fernando Bezerra investiga se ele estaria envolvido no pagamento de propina de R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O destino dos recursos seria a campanha à reeleição de Eduardo Campos (PSB) ao governo pernambucano em 2010, quando Bezerra estava no governo estadual. As defesas dos senadores Aécio Neves e Fernando Bezerra negam envolvimento deles em irregularidades.
A alteração do entendimento do Supremo ameaça a manutenção do foro de 48 políticos com mandato – 12 senadores e 36 deputados federais. A maioria das investigações trata de recebimento de propinas e caixa 2 para políticos que tentavam a reeleição.