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Inquérito indica que Amarildo foi torturado até a morte

Divisão de Homicídios, que comandou a investigação, concluiu que o pedreiro foi submetido a choques elétricos dentro da UPP. Epilético, ele não resistiu

Por Da Redação
2 out 2013, 15h51

O pedreiro Amarildo de Souza, que sumiu depois de ser levado à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha no dia 14 de julho, foi submetido a uma série de torturas até a morte, afirma o inquérito entregue ao Ministério Público na noite de terça-feira. Documento obtido com exclusividade pelo jornal O Globo relata que a vítima foi asfixiada com saco plástico e submetido a choques elétricos. Epilético, ele não resistiu. As torturas foram praticadas dentro dos contêineres da UPP da Rocinha, de acordo com a investigação coordenada pela Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, que pediu o indiciamento de dez policiais militares, incluindo o major Edson Santos, que era comandante da UPP. Todos são acusados de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.

PM que deteve pedreiro Amarildo já havia sido denunciado por agressão

Inquérito do caso Amarildo pede indiciamento de dez PMs

O inquérito também aponta que os policiais, incluindo o major Edson Santos, usaram a tortura para conseguir informações de Amarildo sobre o esconderijo de armas e de traficantes na Rocinha. No dia que o pedreiro desapareceu havia treze policiais de plantão na UPP, e quatro deles conduziram o pedreiro em uma patrulha. O relatório da Divisão de Homicídios com os indiciamentos foi finalizado na semana passada, depois de duas testemunhas afirmarem que o major Edson Santos, ex-comandante da UPP, tentou corrompê-las para acusar o traficante Thiago Neris, o Catatau, da morte do pedreiro.

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Moradores da Rocinha relatam tortura praticada por PMs da UPP

Tortura – Outros moradores da Rocinha foram ao Ministério Público registrar práticas de tortura cometidas pelos policiais dentro da unidade, como mostrou o programa Fantástico, no dia 22 de setembro. Na reportagem, um adolescente, que responde por associação ao tráfico no Juizado da Infância e Adolescência, relatou ter levado choque no rosto, no pescoço e no braço. “Começaram a me agredir, colocaram um saco na minha cabeça e me deram choque”, contou. No dia 13 de junho, véspera do desaparecimento de Amarildo, o rapaz foi levado à unidade durante a Operação Paz Armada, que tinha por objetivo desarticular o tráfico de drogas na Rocinha. De acordo com o menor, a sessão de tortura, dentro da UPP, só terminou quando familiares foram ao local para resgatá-lo.

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