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Imprensa mundial indica início de nova era com Bolsonaro; veja repercussão

Na cobertura da posse, diversos veículos estrangeiros comparam o novo presidente brasileiro a Trump e apontam uma mudança radical nos rumos do país

Por Diego Freire Atualizado em 1 jan 2019, 18h38 - Publicado em 1 jan 2019, 17h56

A imprensa mundial voltou os olhos para a cerimônia de posse de Jair Bolsonaro nesta terça-feira 1. Embora apenas dez chefes de Estado tenham comparecido ao evento, alguns dos maiores veículos internacionais destacaram a transição.

Com constância, os veículos estrangeiros compararam o novo presidente brasileiro a Donald Trump e apontaram uma mudança radical nos rumos da política, utilizando o termo “extrema direita”. Declarações  de Bolsonaro, como “vamos libertar o Brasil do socialismo” e o lema “Deus acima de tudo, Brasil acima de todos”, tiveram grande repercussão.

Confira detalhes de diferentes coberturas:

BBC (Inglaterra)

O veículo britânico descreveu Bolsonaro como “capitão reformado de extrema direita”. A reportagem sobre a posse traz declarações de eleitores que viajaram até Brasília para acompanhar a cerimônia e traça um perfil do presidente, no qual analisa se ele pode ser chamado de “Trump dos trópicos”.

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(Reprodução/VEJA)

Clarín (Argentina)

O jornal argentino destacou a promessa de Bolsonaro de “libertar o Brasil da corrupção, criminalidade e submissão ideológica”. O forte esquema de segurança montado para a cerimônia de posse foi chamado de “descomunal” e uma análise da correspondente Eleonora Gosman ouviu personalidades do mercado e da política que apontaram os principais desafios para o presidente. Ao fim do texto, é abordado o temor de que o novo governo brasileiro afaste o país do Mercosul.

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(Reprodução/VEJA)

 

CNN (Estados Unidos)

Nesta terça-feira 1, a rede de notícias americana não apresentava em seu portal nenhuma matéria sobre a cerimônia de posse, mas sim um texto do dia anterior apresentando o novo presidente como uma incógnita e listando algumas das bandeiras que defendeu recentemente, como o apoio à liberação da posse de armas e transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Algumas semelhanças com Trump são mencionadas, mas a “experiência política” de Bolsonaro é considerada um diferencial.

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(Reprodução/VEJA)

Corriere della Sera (Itália)

Sem mencionar a questão com Cesare Battisti de forma destacada, a cobertura ao vivo do jornal italiano chamou Bolsonaro de “líder da extrema direita” e “populista”. A publicação transcreveu trechos dos discursos e descreveu cada momento da cerimônia.

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(Reprodução/VEJA)

 

Diário de Notícias (Portugal)

O jornal lusitano destacou a fala de Bolsonaro: “este é o dia em que o Brasil começou a libertar-se do socialismo”. Um detalhado minuto a minuto da posse descreveu cada momento. Em artigo de opinião, Leonídio Paulo Ferreira apontou a importância de que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, se reúna com o presidente brasileiro. Sousa foi o único chefe de Estado da União Europeia presente na cerimônia.  

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(Reprodução/VEJA)

 

El País (Espanha)

O maior jornal espanhol cobriu a cerimônia de posse minuto a minuto. Em análise assinada pela jornalista Carla Jiménez, afirmou que o Brasil entra em “uma nova era com a extrema direita”. Bolsonaro é descrito como um “político com gestos autoritários que lembra com nostalgia dos tempos de ditadura”.

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(Reprodução/VEJA)

Le Monde (França)

O jornal estampou, na capa de seu portal, uma foto de Bolsonaro com um chapéu de cowboy e descreveu seu governo como “extrema direita”. Em uma análise, prevê disputas ideológicas no Brasil nos próximos meses, incluindo “estatistas” x “liberais” e “pró-americanos” x “pró-asiáticos”.

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(Reprodução/VEJA)

The Guardian (Inglaterra)

A posse de Bolsonaro foi descrita como “o dia que o Brasil progressista temia”. Em uma análise crítica, o jornal diz que direitos de minorias e avanços ambientais passam a correr risco no país.

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(Reprodução/VEJA)

 

The Jerusalem Post (Israel)

O Haaretz, principal jornal israelense, deu pouco destaque para a cerimônia da posse em si, dedicando maior cobertura ao encontro que o premiê israelense Benjamin Netanyahu teve com o secretário de Estado americano Mike Pompeo antes da posse. Já o The Jerusalem Post, também um dos maiores do país, mostrou Netanyahu abraçando Bolsonaro, descrito como um “admirador da ditadura”.

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(Reprodução/VEJA)

The New York Times (Estados Unidos)

Sem cobertura ao vivo da posse, o jornal americano publicou uma análise sobre o atual contexto brasileiro. Ela diz que “os brasileiros queriam mudanças e Bolsonaro as entrega antes mesmo de assumir”. Um exemplo apontado foi a desistência do país em sediar a Conferência do Clima da ONU e o rompimento com Cuba no programa Mais Médicos. O artigo também comenta as impressões de que o governo de Donald Trump considera o presidente brasileiro um chefe de Estado com “ideias afins”, com quem Washington espera confiar para conter a crescente influência da China na região e pressionar o governo da Venezuela.

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(Reprodução/VEJA)
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