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Hoje aliados, partidos que dividem o governo não garantem apoio em 2026

Legendas que tentam assumir o comando da Câmara ocupam cargos e ministérios, mas evitam falar em aliança com Lula no futuro

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jul 2024, 14h41
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  • O governador Tarcísio de Freitas e o presidente Lula, durante encontro no Palácio do Planalto em janeiro de 2024: cabos eleitorais em São Paulo
    O governador Tarcísio de Freitas e o presidente Lula, durante encontro no Palácio do Planalto em janeiro de 2024: cabos eleitorais em São Paulo (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

    Eleito em 2022 formando uma frente ampla contra Jair Bolsonaro, o presidente Lula expandiu o seu arco de apoios e levou para a base aliada partidos que até então eram independentes ou fincavam o pé na oposição. Primeiro vieram o MDB, o União Brasil e PSD, legendas que liberaram os seus quadros na votação do segundo turno da disputa e se aproximaram ao petista logo após a sua vitória. Ganharam, cada um, três ministérios no governo.

    Depois, diante de uma base ainda frágil, o governo cedeu um pouco mais e entregou, em meados de 2023, ministérios ao PP e ao Republicanos, partidos que formavam a coligação do ex-capitão na disputa eleitoral. Juntos, os cinco neoaliados de Lula ocupam 11 cadeiras do primeiro escalão, entre eles os importantes ministérios do Planejamento, Cidades, Integração e Minas e Energia.

    Apesar disso, as legendas são rachadas, nem sempre entregam todos os votos ao Planalto e evitam tratar de uma caminhada a longo prazo ao lado do presidente. Quando questionados, os principais representantes dos partidos costumam repetir que ainda é cedo para bater o martelo sobre 2026 e que a decisão vai depender da aprovação da governo e do cenário econômico do país.

    Além disso, alguns deles são próximos a possíveis adversários do petista, que deve tentar a reeleição. Dirigente do PSD, Gilberto Kassab se tornou homem forte do governador de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), apontado como um possível herdeiro de Jair Bolsonaro numa corrida presidencial. Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira trabalha por uma candidatura de oposição – e sonha, inclusive, em sair candidato a vice-presidente.

    Também fincando o pé na oposição, o União Brasil planeja lançar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao Palácio do Planalto em 2026. Em meio a esse movimento, o MDB integra o grupo que vai esperar a conjuntura política para definir seus próximos movimentos – e vislumbra tanto se aliar a um eventual plano Tarcísio quanto lançar um candidato a vice na chapa com Lula.

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    ‘Cheque em branco’ na disputa à Presidência da Câmara

    Em meio a esse cenário, o presidente Lula e seu núcleo duro tratam a escolha do próximo presidente da Câmara, que exercerá o mandato de dois anos a partir de fevereiro de 2025, como crucial para a garantia da estabilidade no fim do terceiro mandato do petista.

    Cada vez mais poderosos, os deputados detêm um poder inédito sobre o direcionamento do orçamento federal, podem fazer avançar as temidas pautas-bombas e engavetar projetos prioritários que renderiam ativos eleitorais ao governo. Ou seja, podem ajudar ou atrapalhar, a depender de suas intenções políticas.

    Hoje, são possíveis candidatos ao pleito os deputados Elmar Nascimento, do União Brasil; Marcos Pereira e Hugo Motta, do Republicanos; Antônio Brito, do PSD; Isnaldo Bulhões, do MDB e Doutor Luizinho, do PP. Caberá ao atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), escolher o seu sucessor na Câmara e, num acordo tácito, apresentá-lo ao aval de Lula.

    Recentemente, um importante cacique partidário afirmou que, em meio ao cenário indefinido, Lula deveria escolher como próximo presidente da Câmara aquele que indicar uma aliança com ele em 2026. O problema é que, hoje, essa opção não existe.

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