Haddad sobre indulto a Lula: ele não troca ‘dignidade’ por ‘liberdade’

Presidenciável do PT afirma esperar que a Justiça absolva o ex-presidente e diz que o debate sobre a questão foi pautado pela imprensa

Por Estadão Conteúdo 17 set 2018, 14h02

Em 2018, Haddad foi para o segundo turno como vice de Lula, que registrou a candidatura 'sub judice' de dentro da prisão (Ricardo Stuckert/Divulgação)

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira, 17, que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nunca conversou com ele sobre a possibilidade de indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato e preso em Curitiba. O mineiro chegou a afirmar que Haddad daria indulto a Lula no primeiro dia de governo, se for eleito.

“Eu tenho certeza que, eleito, o Haddad irá assinar no seu primeiro dia de governo um indulto para o presidente Lula”, disse Pimentel. “Ele irá tirá-lo desta prisão injusta e arbitrária”, complementou o governador de Minas Gerais.

“Ele (Pimentel) nunca conversou comigo sobre esse assunto. E eu conversei com o presidente Lula mais de uma vez sobre isso porque a imprensa pautou esse debate”, ponderou o ex-prefeito de São Paulo, após sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, UOL e SBT.

Continua após a publicidade

Questionado se, afinal, daria indulto ao ex-presidente, Haddad afirmou que o petista, condenado e preso pela Operação Lava Jato em Curitiba, não troca sua “dignidade” por “liberdade”. O candidato declarou esperar que Lula seja absolvido e lembrou que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas deverá julgar o mérito de seu processo no primeiro semestre do ano que vem.