O hacker Walter Delgatti Netto prestará novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira, 18. Na última quarta-feira, 16, ele prestou depoimento à corporação afirmando que recebeu 40.000 reais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas do Judiciário brasileiro e inserir falsos documentos e alvarás de soltura. A deputada nega as acusações.
Hoje, o hacker compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro e confirmou a trama golpista revelada por VEJA para tentar desacreditar o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, por consequência, o resultado da eleição.
No depoimento aos parlamentares, Delgatti confirmou ter se encontrado com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, levado por Zambelli – como foi flagrado com exclusividade por VEJA, – e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o marqueteiro que trabalhava para o partido, Duda Lima.
Delgatti afirmou que Bolsonaro, sem conhecer detalhes técnicos, pediu que assessores o levassem ao Ministério da Defesa, para que ele conversasse com integrantes do setor de TI sobre uma ajuda para a empreitada. Ele chegou ao ministério por intermédio do general Marcelo Câmara, então servidor da presidência, como também foi revelado por VEJA.
Enquanto tramava um atentado à lisura das urnas, o então mandatário teria pedido ao hacker, segundo relato feito a VEJA e confirmado hoje na CPMI, que assumisse a autoria de um grampo telefônico contra Alexandre de Moraes. Eles precisam de alguém para apresentar (os grampos) e depois eles garantiram que limpam a barra”, confirmou.
afirmou que recebeu do ex-presidente Jair Bolsonaro a promessa de indulto caso assumisse a autoria de um suposto grampo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O indulto significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto presidencial.
(Com Agência Brasil)