Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Gushiken é vítima, diz advogado de ex-ministro

Ex-ministro teria interferido pela liberação de recursos do Banco do Brasil para empresa que operava o mensalão. Defensor alega que denúncia é política

Por Gabriel Castro
25 jul 2012, 12h50

O ex-ministro Luiz Gushiken, um dos principais nomes da cúpula do governo Lula no auge da crise do mensalão, assistirá à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) longe dos holofotes, em Atibaia (SP). O petista enfrenta um câncer, está com a saúde debilitada. O advogado José Roberto Leal de Carvalho, que defende o ex-ministro, alega que não há prova contra ele nos autos e pede sua absolvição.

Gushiken é acusado de ter interferido no Banco do Brasil pela liberação de um empréstimo para a empresa DNA, de Marcos Valério, usada para pagar o mensalão. A companhia recebeu 73,8 milhões de reais em quatro parcelas, em transações que descumpriram as normas da instituição bancária.

Leia também:

o julgamento do mensalão

Em depoimento à CPI dos Correios, Henrique Pizzolato, então diretor de Marketing do Banco do Brasil, disse ter agido a mando do petista. A denúncia foi feita em 2005, quando Gushiken era chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e integrava um seleto grupo que o Palácio do Planalto batizou de “núcleo duro” do governo.

Continua após a publicidade

O advogado de Gushiken diz que a afirmação de Pizzolato foi forjada e alega que a acusação contra o seu cliente não se sustenta. Segundo ele, o processo do mensalão sofreu influência política e o ex-ministro é vítima: “No fundo ele foi vítima de uma situação mal-intencionada que tinha como objetivo atingir alguém mais importante”, afirma. “Entenderam que era preciso indiciar todo mundo que foi indiciado pela CPI”, critica.

Segundo o advogado, a situação de saúde do ex-ministro é delicada. A doença seria motivo para a atenuação da pena em uma eventual condenação, mas sequer foi informada pelo advogado nos autos: “Ele não quer favor nenhum. O que ele espera é que se acabe logo com isso”, afirma Carvalho.

O advogado lembra que, em suas considerações finais, a Procuradoria-Geral da República pediu a absolvição do ex-ministro, alegando falta de provas. Ainda assim, o representante de Gushiken diz que o dano causado pela denúncia original é irreparável: “Moralmente, para um inocente, ser processado é uma coisa extremamente grave”.

O julgamento do mensalão começa no dia 2 de agosto. Gushiken deve ser um dos últimos réus a conhecer sua sentença.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.