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Governo procura Renan para aprovar mudança em meta do superávit – de novo

Há oito meses, o presidente do Congresso comandou a votação que reduziu a meta de 2014. Agora, ele deve ter uma postura diferente

Por Gabriel Castro, de Brasília
23 jul 2015, 13h29
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  • Horas depois de o governo anunciar uma proposta de redução na meta do superávit primário, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se encontrou com o presidente do Congresso para pedir apoio na aprovação da proposta – que precisa do aval do Parlamento. O encontro com Renan Calheiros (PMDB-AL), realizado nesta quinta-feira na residência oficial do Senado, ocorre em um cenário muito diferente daquele em que o Executivo conseguiu aprovar uma manobra semelhante oito meses atrás.

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    Em dezembro do ano passado, foi Renan quem comandou a votação que permitiu um abatimento na meta de superávit e salvou a presidente Dilma Rousseff de ser enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele acelerou a votação sob protestos dos partidos oposicionistas e fechou o acesso às galerias para impedir a presença de manifestantes. “Vamos defender a aprovação da mudança porque é muito importante para o Brasil que se ajuste essa questão do superavit primário”, disse ele na ocasião.

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    No início deste ano, o presidente do Senado foi reeleito com o apoio do PT. O governo via nele um nome de confiança, um contraponto ao imprevisível Eduardo Cunha. Mas não demorou muito para que Renan se transformasse em um crítico da gestão de Dilma Rousseff. E seu principal alvo costuma ser justamente a política econômica. Na última semana, em um balanço do semestre, o peemedebista afirmou: “O ajuste fiscal caminha celeremente para ser um desajuste social com a explosiva combinação recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos. Até aqui só o trabalhador pagou a conta e não há ainda horizonte após o ajuste”.

    Por causa da resistência de Renan, somada à queda de popularidade de Dilma Rousseff e ao crescimento da oposição no Congresso, o governo enfrentará um cenário de grande dificuldade na apreciação da nova mudança da meta. Já manobra de 2014, a votação foi trabalhosa. Daquela vez, a maior parte da oposição não participou da votação para tentar obstruir os trabalhos. A proposta foi aprovada com 240 votos favoráveis na Câmara (entre 513) e 39 no Senado (entre 81).

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    Renan deve ser o principal foco do governo porque, na condição de presidente do Congresso, comandará a votação sobre a mudança da meta. Mas o Executivo também se preocupa com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Já nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, telefonou para o peemedebista e pediu apoio ao projeto.

    Cunha, entretanto, não parece disposto a endossar a manobra. Nesta quinta, ele disse que o governo trabalha com um cenário irreal. “Que a meta [anterior] não iria ser cumprida a gente já sabe há algum tempo. Em segundo lugar, essa meta que eles lançaram ontem a gente já sabe que não vai ser cumprida. Será déficit”.

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