O cantor Geraldo Azevedo afirmou nesta terça-feira, 23, que se equivocou ao chamar de torturador o general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro. A declaração havia sido feita durante um show em Jacobina, interior da Bahia, no último sábado 21.
Na ocasião, Azevedo lembrou que foi preso duas vezes durante a ditadura. “Fui torturado. Vocês não sabem o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos torturadores”, disse para o público.
O assunto veio à tona mais uma vez quando o candidato do PT, Fernando Haddad, repetiu a acusação durante uma sabatina do jornal O Globo. Acontece que, quando Azevedo foi preso pela primeira vez, em 1969, o general tinha 16 anos e só entraria para o Exército em 1972.
Agora, por meio de sua assessoria de imprensa, o músico informou que foi preso também em 1974, mas disse que Mourão não estava entre os torturadores em nenhuma das duas ocasiões.
“Geraldo Azevedo se desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco e reafirma sua opinião de que não há espaço, no Brasil de hoje, para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e que cerceia as liberdades individuais e de imprensa.”, conclui a nota.