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General Heleno diz que Bolsonaro não tem programa, mas ‘esboço’

Provável futuro ministro da Defesa, ex-militar disse que havia planos para outro atentado contra o então candidato do PSL

Por Fernando Molica
Atualizado em 7 nov 2018, 10h47 - Publicado em 28 out 2018, 23h35

Em entrevista diante da casa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Augusto Heleno afirmou que o presidente eleito não tem um programa de governo, mas um “protocolo de intenções bem-elaborado”, um “esboço”. Segundo ele, há muito tempo que essas ideias vêm sendo trabalhadas.

Provável futuro ministro da Defesa, ele disse ser contra a elaboração de um programa antes da definição da equipe que irá para o governo. Ele embarcará nesta terça-feira para Brasília, onde irá trabalhar para estruturar a futura gestão.

O militar declarou que daqui a alguns alguns ficará comprovado que havia planos para outros atentados contra Bolsonaro. De acordo com ele, há “informes consistentes” sobre essas ameaças. Como exemplo, ele citou que, neste domingo, uma faca foi apreendida com uma mulher que estava perto da casa do novo presidente. “Pode ser que ela diga que era para cortar um queijinho, mas estava com a faca”, insistiu.

Frisou que o eventual assassinato de Bolsonaro mudaria todo o quadro eleitoral, e a disputa no segundo turno seria entre Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). “Seria uma situação completamente inesperada, mas que resolveria o problema de muita gente. Bolsonaro era para muitos um grande obstáculo a ser vencido”, disse. Para o general, como os meios “legais e pacíficos” não estavam conseguindo barrar o avanço do candidato, algumas pessoas “que não estão em pleno gozo de suas faculdades mentais começaram a imaginar que um atentado poderia resolver o problema”.

O militar chegou a brincar ao ser perguntado se chegou a temer uma derrota. Respondeu que teme mesmo é a possibilidade de seu time, o Flamengo, não ser campeão brasileiro. Depois, admitiu que a semana foi de muita expectativa e que os partidários de Bolsonaro ficou apreensiva em relação ao resultado. “A passagem do tempo foi muito penosa, a campanha ganhou um clima quase de revanche, o que não é comum”, avaliou.

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Heleno afirmou que a cobrança vai começar agora, “o que é normal”, e frisou a necessidade de conciliação e união para superar a crise. “Precisamos melhorar a situação da povo, que acabou sofrendo muito nos últimos anos, toda a má gestão acabou se refletindo na perda de poder aquisitivo enorme e numa descrença”, concluiu.

Ele não quis adiantar se a intervenção federal na área de segurança no Rio será renovada – ressaltou que a medida tem data para terminar, 31 de dezembro deste ano. Segundo ele, trata-se de uma “situação de exceção” que precisa ser conversada com o futuro governo do Rio.

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