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FHC sugere Geraldo Alckmin na presidência do PSDB

Ex-presidente apela por 'unidade' e 'coesão' e cita o governador paulista como um nome 'experiente e respeitado' para assumir 'posição central' no partido

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 19h39 - Publicado em 10 nov 2017, 20h40
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  • O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se manifestou nesta sexta-feira a respeito da decisão do senador Aécio Neves (MG) de destituir o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB. Em um texto publicado no Facebook (leia abaixo), FHC afirma que a destituição “acirrou tensões” no partido e diz esperar que “líderes experientes e respeitados” possam assumir “posição central” na legenda. O único citado por FHC como detentor destes predicados foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Caso tal consenso não se concretize, o ex-presidente reafirmou que apoiará a candidatura de Tasso à presidência do PSDB.

    “Acredito que o restabelecimento da coesão, com tolerância à variabilidade das opiniões internas, mas também com firmeza de propósitos, requer que o presidente designado do PSDB, Alberto Goldman, crie condições para que líderes experientes e respeitados, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumam posição central no partido”, afirma o ex-presidente. Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria, são os nomes mais cotados para a candidatura tucana ao Planalto em 2018.

    Ex-governador de São Paulo e vice-presidente mais velho do PSDB, Goldman foi indicado por Aécio à presidência interina do partido. O mineiro alegou que a destituição de Tasso se deu para garantir “isonomia” na disputa pela presidência da legenda. O senador cearense, que recusou pedido de Aécio Neves para renunciar, oficializou sua candidatura na última quarta-feira. A escolha do novo comandante da legenda será no dia 9 de dezembro, quando a convenção nacional do partido se reunirá.

    FHC entende que a falta de “convergência” em torno do novo presidente do partido “porá em risco as chances do PSDB” nas eleições de 2018. “Se porventura tal convergência não se concretizar, o que porá em risco as chances do PSDB, já disse que apoiarei a candidatura do senador Tasso Jereissati à presidência do partido”, ressaltou. Para ele, a campanha do próximo ano condenará “tudo que pareça afastar-se das boas normas de conduta política”.

    O ex-presidente também disse “respeitar” o adversário de Tasso Jereissati na disputa, o governador de Goiás, Marconi Perillo, apoiado por Aécio Neves e seu grupo político. “Não faço ressalvas ao direito do governador de Goiás, Marconi Perillo, a quem respeito por sua fidelidade ao PSDB e pelo bom governo que faz, de ser eventualmente candidato. A vitória de um ou de outro não corresponde à vitória do bem contra o mal: precisamos permanecer juntos”, pede Fernando Henrique.

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    Em seu “apelo ao bom senso” dos líderes tucanos por “unidade”, o ex-presidente pondera que “mais importante do que querelas internas ou do que eventual apego a posições, no partido ou no governo, é estarmos atentos ao clamor das ruas”.

    Embora tenha defendido, em artigo publicado no último final de semana, o desembarque do PSDB do governo do presidente Michel Temer, FHC reforçou apoio às reformas econômicas propostas pelo Executivo. “O apoio às reformas em curso no Congresso faz parte do que acreditamos e do que pregamos. Dentro ou fora do atual governo, este é um compromisso do PSDB”.

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