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Fachin proíbe Cristiane Brasil de ter contato com o pai, Roberto Jefferson

Ao autorizar mandados contra a deputada, ministro a proibiu de entrar no Ministério do Trabalho e ter relação com demais investigados no inquérito

Por Da Redação
12 jun 2018, 21h50
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  • Alvo da segunda fase da Operação Registro Espúrio, investigação da Polícia Federal que apura suspeitas de desvios na concessão de registros de sindicatos, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) também foi proibida de entrar no Ministério do Trabalho e ter contato com outros investigados da operação, o que inclui o próprio pai, o ex-deputado e presidente nacional do PTB Roberto Jefferson. A decisão é do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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    Entre os demais alvos da operação, também estão outros parlamentares, como o líder do partido da parlamentar, Jovair Arantes (PTB-GO), o deputado Paulinho da Força (SD-SP) e servidores do Ministério do Trabalho. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Cristiane Brasil se tornou investigada após os investigadores terem acesso a conversas suspeitas mantidas entre ela e Renato Araújo Júnior, servidor da Secretaria de Relações do Trabalho da pasta.

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    Nos diálogos, sustenta a PGR, Cristiane orienta Araújo sobre procedimentos de registro de sindicatos e pagamentos a receber, configurando “indícios” de que ela teria participação no esquema investigado. Em março, VEJA revelou que servidores do Ministério, indicados pelo PTB e pelo Solidariedade, cobravam propina para aceitar e acelerar determinados pedidos de registro em detrimento de outros.

    A pasta está sob controle político desses partidos desde o início do governo do presidente Michel Temer (MDB), em maio de 2016. Neste período, as legendas dominaram as indicações dos cargos técnicos da pasta, preenchidos por critérios políticos. A própria Cristiane chegou a ser nomeada para ser ministra do Trabalho em janeiro, mas teve a indicação suspensa pela Justiça.

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    Defesa

    A deputada Cristiane Brasil afirma ter ficado “surpresa” por ser alvo da segunda fase da Operação Registro Espúrio. Segundo a parlamentar, ela “não tem papel nas decisões tomadas pelo Ministério do Trabalho”. “Espero que as questões referentes sejam esclarecidas com brevidade e meu nome limpo”, disse.

    Em nota assinada por Roberto Jefferson, o PTB diz que é preciso separar “o que é ação política do que é corrupção”.” A presidência do PTB apoia o trabalho da Polícia Federal e reitera que não participa – e não participou – de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho”, completa o texto.

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    Irmãos Batista

    Cristiane Brasil e Roberto Jefferson não são os primeiros familiares a serem proibidos de manter contato pela Justiça, nem os primeiros investigados famosos a passarem pela situação. O procedimento é comum, para evitar que sejam articuladas quaisquer formas de atrapalhar as apurações em curso.

    Presos sob a suspeita de omitirem fatos em negociações de delação premiada e por se beneficiarem indevidamente de informações privilegiadas, os irmãos empresários Joesley e Wesley Batista também tiveram que ficar sem se ver quando obtiveram a liberdade provisória.

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    Em maio, a coluna Radar informou que, em virtude dessa situação, eles chegaram a negociar por meio de parentes quem visitaria a mãe no Dia das Mães no almoço e quem só poderia ir à noite. No entanto, a Justiça de São Paulo acabou revogando a decisão e voltando a permitir o contato familiar.

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