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Excluída de chapa do PT, senadora pode disputar Presidência pelo PSB

Ideia é do governador de São Paulo, Márcio França; em um partido dividido, candidatura própria passou a ser possibilidade de entendimento

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h28 - Publicado em 20 jul 2018, 10h19
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  • Uma reviravolta gestada nos últimos dias pode trazer de volta o projeto de uma candidatura própria do PSB à Presidência da República, descartada há dois meses, quando Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), desistiu da corrida. Cobiçado pelo PT e por Ciro Gomes (PDT), o partido não consegue superar as divisões internas entre um ou outro candidato e passou a cogitar alternativas caseiras para disputar o Planalto.

    O gestor da ideia é o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que listou alguns nomes para a disputa. Entre eles, o da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que estava resignada a disputar uma vaga de deputada federal depois que foi preterida na chapa do governador da Bahia, Rui Costa (PT), à reeleição. França e Lídice discutiram o assunto em uma reunião na terça-feira, 17, em São Paulo.

    “Pode ser uma boa opção uma candidatura própria, porque, nesse caso, você marca seu espaço com determinada candidatura que tenha mais consistência, que represente mais a gente”, afirmou França. O governador elogiou também outros nomes, como o do ex-deputado Beto Albuquerque (RS), vice de Marina Silva em 2014, e o do atual parlamentar Júlio Delgado (MG).

    Segundo ele, a única “unanimidade” do partido para a disputa seria a advogada Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, que foi presidente do PSB e candidato da legenda ao Planalto na última eleição. É justamente a falta do pernambucano, que tinha ascendência sobre os estados e conseguia unir a legenda, que é apontada como a razão das atuais divisões internas. No entanto, França admitiu que ela não deu nenhum sinal de ter interesse em disputar eleições.

    Apesar da nova ideia, o governador paulista não tem mostrado grande influência sobre as decisões do partido nos últimos meses. Ele era um defensor de um apoio do PSB a seu antecessor, Geraldo Alckmin (PSDB), mas nunca conseguiu emplacar a ideia. Agora, diante do impasse total entre a ala que quer apoiar Ciro e os diretórios, sobretudo o de Pernambuco, que querem caminhar com o PT, podem fazer desta uma alternativa.

    (Com Estadão Conteúdo)

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