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‘Ofendi o pai dele? Não’, diz Bolsonaro sobre presidente da OAB

'O que eu falei de mais? Que eu tive conhecimento na época', afirmou o presidente da República

Por Da Redação Atualizado em 2 ago 2019, 15h27 - Publicado em 2 ago 2019, 11h46

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na manhã desta sexta-feira, 2, que não ofendeu o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz. “O que eu falei de mais? Que eu tive conhecimento na época. Eu ofendi o pai dele? Não ofendi”, declarou. Na última segunda-feira, Bolsonaro disse que poderia “contar a verdade” sobre como o pai de Santa Cruz desapareceu durante a ditadura militar. Reportagem em VEJA mostra as consequências do destempero do presidente.

Na última quinta-feira, 1º, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, deu um prazo de quinze dias para Bolsonaro, desde que este concorde, apresentar esclarecimentos sobre a morte do desaparecido político e integrante do grupo Ação Popular Marxista-Leninista (APML) Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira. O presidente confirmou que vai prestar os esclarecimentos ao STF sobre as suas declarações.

Bolsonaro contou que recebeu na quinta-feira 31 o filho do jornalista Edson Régis, que, de acordo com ele, morreu após atentado a bomba no Recife, em 1966. “Quem botou aquela bomba foi a turma da Ação Popular, grupo que o pai do presidente da OAB integrava”, disse. O presidente ainda afirmou que “se não tivesse tido essa vontade de implantar o comunismo no Brasil, nada disso teria acontecido”.

Felipe é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que participou da Ação Popular Marxista-Leninista (APML), organização contrária ao regime militar (1964-1985). Ele foi preso pelo governo em 1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro Memórias de uma Guerra Suja, o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra diz que o corpo de Fernando foi incinerado no forno de uma usina de açúcar em Campos (RJ).

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Ainda durante a entrevista a jornalistas na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro não quis comentar se seria a favor do afastamento do procurador Deltan Dallagnol por conta do vazamento de mensagens em que ele teria falado contra ministros do Supremo Tribunal Federal.

Indagado se o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria condições de permanecer no cargo caso as informações por hackers sejam confirmadas, Bolsonaro afirmou confiar no ministro e não ver motivos para demiti-lo. “Até o presente momento eu não tive problemas com Sergio Moro. Ele, no meu entender, prestou grande serviço à nação mostrando as entranhas da corrupção. Não posso falar nada mais além disso.”

(Com Estadão Conteúdo)

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