‘Esse homem tem uma saúde de ferro’, diz médico sobre Lula
Cardiologista Roberto Kalil afirma que foi uma "bênção" o presidente não ter tido consequências mais graves após o acidente doméstico
O presidente Lula foi submetido na sexta-feira, 25, ao quarto exame médico para avaliar as consequências do acidente doméstico que sofreu no último dia 20, quando escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça.
Momentos após a avaliação, o médico pessoal de Lula, o cardiologista Roberto Kalil, afirmou a VEJA que o exame mantém as alterações cerebrais e que o quadro é estável. O petista sofreu um traumatismo craniano considerado de grau leve, mas que lhe rendeu cinco pontos e hematomas na cabeça. “Não somem do dia para a noite”, afirmou Kalil.
No entorno presidencial, é uníssimo que o episódio não passou de um susto e que a saúde do presidente é de causar inveja. Lula, que completa 79 anos neste domingo, “é saudável”, “faz ginástica todos os dias” e é um “superatleta”. “Esse homem tem uma saúde de ferro”, afirma Roberto Kalil.
Como mostra reportagem de VEJA desta edição, a Secretaria de Comunicação da Presidência evitou responder algumas perguntas sobre a saúde do presidente. Os questionamentos eram relativos ao tratamento que ele recebeu após o acidente e quais as próximas avaliações programadas. A reportagem também solicitou a lista de exames médicos ao qual Lula foi submetido desde o início do mandato, o resultado deles e o acesso aos laudos médicos. Não houve nenhuma resposta.
Também questionado, Kalil afirmou que Lula apenas fez check-ups de rotina – uma prática que mantém todos os anos – e que a cirurgia ao qual foi submetido no quadril, em 2023, foi um sucesso e não traz nenhuma complicação. Ele ainda ressaltou que a blefaroplastia feita na mesma operação para a retirada do excesso de pálpebras foi necessária porque estava atrapalhando a visão.
A gravidade do acidente de Lula
Segundo o cardiologista, é uma “bênção” o presidente estar bem, e o episódio poderia ser muito mais sério. Lula, disse Kalil, sofreu “um golpe” na cabeça que gerou muito sangramento e, com um “contragolpe”, o cérebro se locomoveu para frente, causando dois pontos de ferimentos.
O médico ressaltou que acidentes em casa são comuns e que é protocolo todos os pacientes passarem por avaliações num período de três semanas para monitorar a evolução dos hematomas.
Passado esse prazo, se não houver mais nenhum foco, é página virada. Até lá, diz Kalil, o presidente está liberado para manter uma vida normal, mas deve evitar voos de longa duração. Na última sexta, foi anunciado o cancelamento da viagem de Lula à Colômbia na próxima semana, onde participaria da COP-16.