As eleições de 2020 estão mostrando que a popularidade, em muitas cidades, vale bem mais que o volume de dinheiro investido no pleito. Em pelo menos sete das 18 capitais onde há disputa pelo segundo turno neste domingo, 29, os líderes nas pesquisas para prefeito receberam um montante de recursos em doações inferior ao do segundo colocado, conforme mostram os dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Em Vitória, por exemplo, o candidato Lorenzo Pazolini (Republicanos) recebeu 2,4 milhões de reais em doações. Na capital capixaba, a última pesquisa Ibope, divulgada no início da semana, apontava Pazolini à frente de seu concorrente, João Coser (PT), que arrecadou 5,2 milhões de reais em doações, 116% a mais.
Outro exemplo de que popularidade vale mais que dinheiro em campanha política ocorre em Goiânia. Lá, o candidato Maguito Vilela (MDB), mesmo internado com o novo coronavírus, lidera as pesquisas com doações de 1,3 milhão de reais. Seu adversário, Vanderlan Cardoso (PSD), já recebeu 2,7 milhões de reais em doações, 107% a mais.
Em Manaus, David Almeida (Avante) lidera as pesquisas de intenções de voto, tendo recebido doações avaliadas em 2,7 milhões de reais, enquanto seu concorrente, Amazonino Mendes (Podemos), arrecadou 3,4 milhões de reais.
Em Teresina, no Piauí, Doutor Pessoa (MDB) liderou as pesquisas esta semana com doações de 1,5 milhão de reais, enquanto seu concorrente, Kleber Montezuma, recebeu 3,5 milhões de reais, 133% a mais.
Na capital acreana, Rio Branco, Tião Bocalom (PP) lidera com folga as pesquisas com “apenas” 185 mil reais arrecadados em doações. A sua adversária no pleito eleitoral, Socorro Neri (PSB), recebeu 467 mil reais em doações, volume 152% superior à campanha do rival.
Em São Luís, no Maranhão, Eduardo Braide (Podemos) liderou as pesquisas esta semana com doações de 1,8 milhão de reais, enquanto seu concorrente, Duarte Júnior (Republicanos), recebeu 4,1 milhões de reais, 127% a mais.