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Em meio a insatisfação, Temer se reúne com PMDB

Lideranças do partido querem mais espaço no governo e se queixam de indefinição sobre coligações estaduais. Ameaças envolvem até rompimento de aliança

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
15 jan 2014, 14h25

A relação entre PMDB e PT no plano federal parece transcorrer de forma cíclica, com oscilações mais ou menos previsíveis. Atualmente, os dois partidos passam por um momento de desarmonia. Insatisfeitos com a perspectiva de não conseguir um sexto ministério e descontentes com a situação eleitoral em alguns Estados, os peemedebistas se articulam para reagir.

O vice-presidente da República e presidente licenciado do partido, Michel Temer, vai reunir lideranças da sigla na noite desta quarta-feira, em uma tentativa de aplacar os ânimos. Uma das propostas sobre a mesa é a antecipação da convenção nacional do partido – que seria em junho – para abril. Dessa forma, Dilma seria forçada a ceder mais espaço ao PMDB para não correr o risco de ver a insatisfação se transformar em uma ruptura da aliança presidencial.

O PMDB não perdeu espaço desde o início do governo Dilma: continua com cinco ministérios. Mas a saída do PSB da base aliada abriu novos espaços na Esplanada, o que reacendeu a corrida por cargos. Os peemedebistas tinham seis ministérios durante o governo Lula.

Os desentendimentos entre PMDB e PT não vêm de hoje. As ameaças, idem. Há poucos sinais de que, dessa vez, os peemedebistas realmente pensam em tomar uma atitude mais drástica. Mas, por outro lado, as divergências podem prejudicar ainda mais o cenário das alianças nos Estados. A situação de Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, envolve maior “ansiedade” dos peemedebistas, de acordo com o presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO): “Com cinco ou seis ministérios o PMDB se ajusta. Se isso puder amigavelmente ser resolvido, ótimo. Mas as insatisfações maiores estão nas alianças estaduais e é onde deve haver maior diálogo”, afirma.

Raupp descarta a antecipação da convenção de junho, mas admite que o partido pode ceder às pressões e fazer uma prévia do encontro para ouvir os correligionários e começar a traçar os rumos para as eleições. Nesse intervalo, o PMDB vai estudar uma possível reação ao PT caso os pleitos não sejam atendidos – o que, em última instância, pode significar a quebra do apoio a Dilma em alguns Estados.

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O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) diz que os petistas, ao passo em que prejudicam o PMDB em alguns Estados, não querem ceder espaço no plano federal: “Se quer fazer reforma ministerial, que faça em cima dos cargos do PT. Eles ficam com todos os seus cargos e carimbando os outros como fisiológicos”, afirma.

O parlamentar, entretanto, é contra o jogo de cena: “Eu discordo de dizer que vai antecipar a convenção, que vai entregar cargos. Fica parecendo mais um tipo de ameaça, que na política é muito usado como estratégia”, diz.

Já o senador Vital do Rêgo, indicado pelo PMDB para assumir o Ministério da Integração Nacional, adota um discurso mais sereno: “A gente imagina que o PMDB, por seu tamanho, deve ter o seu espaço, mas quem dimensiona o espaço é a presidente”. O senador não acredita que a insatisfação dos peemedebistas vai deixar sequelas.

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