Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Na Presidência, Temer foi denunciado três vezes pela PGR

Ex-presidente foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, obstrução de Justiça e de integrar organização criminosa, mas teve ações barradas na Câmara

Por Giovanna Romano Atualizado em 21 mar 2019, 16h19 - Publicado em 21 mar 2019, 15h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-presidente Michel Temer (MDB), preso pela força-tarefa da Operação Lava Jato na manhã desta quinta-feira, 21, foi alvo de três denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o período em que ocupou a Presidência, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele ficou no cargo de maio de 2016, quando a petista foi afastada, até o final de 2018. Duas delas foram foram rejeitadas pela Câmara dos Deputados e, por isso, não tiveram prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF) na época. A outra, apresentada dias antes de o emedebista deixar o cargo, não chegou a ser votada pela Câmara,  

    Na primeira denúncia, o ex-presidente foi acusado de corrupção passiva. Em maio de 2017, o jornal O Globo divulgou um áudio gravado por Joesley Batista, dono da JBS, em que Temer aparentemente dá aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, ambos presos na época em Curitiba — desde dezembro de 2017, Funaro cumpre prisão domiciliar.

    Segundo a acusação da PGR, o ex-presidente teria indicado o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para solucionar um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, Loures, que era assessor de Temer, foi filmado recebendo uma mala com 500.000 reais enviada por Joesley.

    O empresário teria dado a entender na gravação que estava pagando a Eduardo Cunha e a Funaro uma mesada para eles ficarem calados na prisão.  Diante desta informação, Temer disse: “Tem que manter isso, viu?”. A PGR entendeu que se tratava de uma anuência ao pagamento feito por Joesley.

    Na segunda denúncia, Temer foi acusado de obstrução de Justiça e de integrar organização criminosa para desviar dinheiro de estatais — no caso que ficou conhecido como “quadrilhão do PMDB” e que envolveu 15 políticos, entre eles Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.

    Continua após a publicidade

    Um pouco antes de seu mandato terminar, Temer foi novamente denunciado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia foi apresentada no inquérito que investigou irregularidades na edição de um decreto que beneficiou empresas do setor portuário. A Procuradoria apontava movimentação indevida de 32,6 milhões de reais.

    Como Temer era presidente na época das denúncias da PGR, o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderia aceitar julgá-lo se a Câmara autorizasse. Nos dois casos em que as denúncias chegaram ao plenário, os deputados barraram os processos. As ações então ficaram suspensas até Temer deixar o poder. Em janeiro de 2019, foram enviadas à primeira instância — nenhuma delas, porém, foi remetida ao juiz Marcelo Bretas, que ordenou a prisão de Temer em um caso ligado ao desvios de recursos nas obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.