O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu nesta terça-feira 31 a criação de uma frente de partidos que ele chamou “de centro” (PSDB, PMDB, DEM, PPS, PP, PR, PRB, PV e PSB) para lançar candidato único em 2018 e derrotar nas urnas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Doria não quis se posicionar sobre a possibilidade de uma chapa tucana, com o governador Geraldo Alckmin para a Presidência e ele de vice.
“Não cabe a mim discutir se será chapa pura ou não. Não quero ser um elemento fracionador, mas aglutinador. São Paulo sairá unida já para a convenção do PSDB, dia 9, em Brasília. Todas as hipóteses estão em aberto”, afirmou o prefeito após falar sobre sua gestão a empresários em evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).
Ele disse que o “sinal amarelo acendeu” diante das pesquisas que colocam Lula e Bolsonaro à frente em 2018. “Não reconhecer isso é fugir aos fatos. Tanto Lula quanto Bolsonaro estão bem fortalecidos. É muito triste para o Brasil que tenhamos apenas essas duas opções, de extrema esquerda e extrema direita.”
Doria afirmou que os partidos “de centro” precisam “se aglutinar” rapidamente. “A hora é agora. Recomendo com muita modéstia aos líderes partidários uma conversa até o início do ano que vem para a formação dessa frente, com propostas para o Brasil”, afirmou, citando diretrizes como privatizações e abertura de mercado a estrangeiros.
Doria comentou a possibilidade de o apresentador Luciano Huck se candidatar à presidência. Ele disse que não haveria chance de vitória. “Luciano é meu amigo, mas não creio que seja uma opção aglutinadora. Sem força partidária não se ganha essa eleição. É preciso ter atenção e humildade”, concluiu.