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Doria é alvo preferencial de ataques no primeiro debate em SP

Líder nas pesquisas, tucano foi criticado por adversários por ter abandonado a Prefeitura de São Paulo pouco mais de um ano após ter sido eleito

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 ago 2018, 02h19 - Publicado em 17 ago 2018, 02h11

A disputa pelo governo de São Paulo teve nesta quinta-feira, 16, seu primeiro debate na televisão aberta, na TV Bandeirantes, com a participação de sete dos doze candidatos registrados para a eleição ao Palácio dos Bandeirantes. Líder das pesquisas de intenção de voto, ao lado de Paulo Skaf, o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) foi o principal alvo de ataques dos adversários. Conforme o mais recente Ibope, Doria tem 21% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Skaf, que tem 22%. O emedebista foi o segundo mais criticado no debate.

João Doria foi atacado, sobretudo, por ter abandonado a Prefeitura de São Paulo em abril de 2018 para concorrer ao governo estadual, menos de um ano e meio depois de ter sido eleito em primeiro turno na capital paulista, um feito inédito.

Nos três blocos em que os candidatos puderam fazer perguntas entre si e comentar respostas dos demais, o tucano foi interpelado pelo atual governador, Márcio França (PSB), pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT), pela professora Lisete Arelaro (PSOL) e pelo ex-prefeito de Suzano Marcelo Cândido (PDT) por ter descumprido a promessa de que cumpriria o mandato municipal até o fim. Também participou do debate Rodrigo Tavares (PRTB).

Aliado do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, França alfinetou Doria logo ao se apresentar. Nos primeiros segundos de sua fala inaugural, o pessebista disse, sem citar o adversário, que foi prefeito e cumpriu o mandato até o fim. “Cumpri minha palavra”, disse ele. Mais à frente, em referência à pretensão que João Doria mantinha de ser candidato à Presidência, no lugar de Alckmin, o pessebista afirmou: “não traio meus amigos”.

Ao ser criticado por Doria por ter “mudado de opinião” em relação à caça de javalis no estado, o governador paulista disse ainda que o tucano costumava elogiá-lo durante a campanha municipal de 2016, quando França foi um dos principais articuladores e entusiastas da candidatura de Doria.

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Já Marcelo Cândido questionou o tucano sobre “segurança alimentar” e lembrou a proposta de João Doria de incluir a farinata, farinha feita com alimentos próximos da data de validade, na merenda escolar, classificada pelo pedetista como “ração humana”. Doria disse que o adversário está “desinformado” e afirmou que a mistura foi criada pela médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, para combater a fome.

Em busca do eleitorado antipetista do interior de São Paulo, que tem garantido vitórias ao PSDB nas eleições estaduais desde 1994, João Doria centrou seus ataques em Marinho e citou ao menos três vezes o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância na Operação Lava Jato e preso em Curitiba há pouco mais de quatro meses. Doria também mencionou o ex-ministro José Dirceu, também alvo da Lava Jato, e os tesoureiros petistas presos pela operação. “Quem não está preso está com tornozeleira”, disse o tucano.

O petista, por outro lado, citou casos de corrupção dentro do PSDB e os nomes de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e Laurence Lourenço Casagrande, ambos ex-executivos da Dersa, a estatal rodoviária paulista, e presos pelo braço da Lava Jato no estado. Ele também defendeu Lula e disse que o ex-presidente e o PT são “a esperança deste país”.

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Já Paulo Skaf foi alvo de Márcio França, Luiz Marinho e Lisete Arelaro por ser filiado ao MDB, partido do presidente Michel Temer, cuja reprovação entre a população é de 82%, conforme o Datafolha.

França lembrou que Skaf foi filiado ao PSB e disputou o governo paulista pela legenda em 2010. O governador quis saber do emedebista se ele ficou satisfeito com a troca de partido e completou: “O senhor acredita que Temer é um homem honrado?”.

Em outro momento, Márcio França disse que o “modelo do MDB do Rio de Janeiro”, uma referência ao grupo político do ex-governador Sérgio Cabral, condenado a mais de 100 anos por corrupção, não cairia bem em São Paulo. Ele ainda citou o apartamento com 51 milhões de reais em dinheiro vivo do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e disse que, embora respeite Skaf, ele teria que “governar com seu partido”.

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Além de se defender das críticas por ter deixado a Prefeitura paulistana antes do fim do mandato, João Doria ressaltou programas de sua gestão à frente da maior cidade do país, como o “Corujão da Saúde”, que ele prometeu levar a todo o estado. Paulo Skaf ressaltou sua atuação na Fiesp, responsável por Sesi e Senai, que oferecem cursos técnicos e profissionalizantes a jovens. Já Luiz Marinho, que demorou cerca de duas horas para citar o ex-presidente Lula, ressaltou ter sido ministro do Trabalho no governo do petista.

Doria à la Maluf

Para atrair o eleitor preocupado com a segurança pública, Doria disse que a polícia paulista terá “padrão Rota” em seu governo, em uma referência à tropa de elite da PM de São Paulo. “Todos sabem que com a Rota não se brinca”, continuou o tucano em um discurso que lembrou os tempos de Paulo Maluf e o seu bordão de “colocar a Rota na rua”.

Paulo Skaf e Márcio França também acenaram ao mesmo eleitorado. Skaf frisou que tem como vice a tenente-coronel da PM Carla Basson, enquanto França relembrou ter homenageado a cabo da PM Kátia Sastre, que em maio matou um criminoso que tentou fazer um assalto em frente a uma escola em Suzano (SP).

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