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Dono da Engevix quer ser delator da Lava Jato

Advogado afirma que José Antunes Sobrinho agora quer contar o que sabe. Ele é suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Polícia Federal

Por Da Redação 27 jan 2016, 18h08
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  • O empresário José Antunes Sobrinho, um dos donos da construtora Engevix, está negociando um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, mas tem encontrado resistência da força-tarefa do Ministério Público. A própria Engevix tenta fechar uma proposta de leniência com a Controladoria-geral da União (CGU) para não ser impedida de firmar contratos com a administração pública.

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    “Há possibilidade [de uma delação de Sobrinho]. O desejo de colaborar sempre é do acusado. É uma ideia dele. Se a colaboração acontecer, ela é importante para ele, para a empresa e para os demais sócios”, disse nesta quarta-feira o advogado Antonio Figueiredo Basto, responsável pela defesa do executivo. Após o empresário prestar depoimento no processo a que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu responde na Lava Jato, Basto criticou penas que julgou excessivas a empresas investigadas no escândalo do petrolão e as dificuldades para fechar acordos de colaboração.

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    “Quebrar as empreiteiras não vai trazer benefício nenhum ao país. Até agora a punição ficou restrita a operadores, empresas, que estão sendo punidas duramente. Acho que passou dos limites de punir”, disse. Sem citar nomes, cobrou a punição de políticos que, segundo ele, autorizaram o funcionamento do esquema de corrupção e fraudes em contratos da Petrobras.

    “Está na hora de punir quem comandou isso aí, o aparato de poder totalmente mantido,e gerenciado pelo poder público e pelos partidos políticos. Um grupo que tomou conta do poder do país, que está mandando e malversou o poder. Todo mundo se uniu para explorar a Petrobras e ficar no poder. Não existe ninguém nessa história totalmente santo, mas existe uma cadeia de comando muito bem identificada e verticalizada. Quem fez foi quem estava dentro e tinha a caneta para fazer. Se a autoridade pública não quisesse fazer, não faria”, afirmou.

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    Preso em setembro, o executivo José Antunes Sobrinho é suspeito de ter atuado ativamente no escândalo do eletrolão. Segundo os investigadores, ele negociou com outro delator da Lava Jato, Victor Colavitti, a confecção de documentos falsos para serem apresentados ao Ministério Público e justificar repasses de propina para a empresa Aratec, apontada pelos investigadores como o principal duto para pagamentos ilícitos ao ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, vice-almirante da Marinha. Colavitti é o controlador da companhia Link Projetos e admitiu, após acordo de colaboração com o Ministério Público, que os repasses de dinheiro à Aratec foram feitos a mando da Engevix.

    Em depoimento à Polícia Federal, José Antunes Sobrinho confirou que os contratos entre a Engevix e a Link Projetos eram fraudulentos e visavam propiciar repasses a Othon Luiz, mas negou que fossem propina. Na versão dele, era dinheiro como “contribuição” para o desenvolvimento de um projeto de turbina.

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