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Dirceu se cala diante da CPI da Petrobras

Por Laryssa Borges, na VEJA.com: O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ficou em silêncio nesta segunda-feira diante dos integrantes da CPI da Petrobras. Deputados da comissão viajaram até Curitiba para tomar depoimento de autoridades presas na Operação Lava Jato, mas Dirceu informou que não responderia a nenhum questionamento, nem mesmo em sessão fechada. A […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h35 - Publicado em 31 ago 2015, 13h52
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  • Por Laryssa Borges, na VEJA.com:

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    O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ficou em silêncio nesta segunda-feira diante dos integrantes da CPI da Petrobras. Deputados da comissão viajaram até Curitiba para tomar depoimento de autoridades presas na Operação Lava Jato, mas Dirceu informou que não responderia a nenhum questionamento, nem mesmo em sessão fechada. A sessão de questionamentos durou apenas 16 minutos e o petista foi dispensado na sequência.

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    Segundo o Ministério Público, Dirceu foi uma das pessoas que instituiu o esquema criminoso do petrolão, responsável por movimentar mais de 6 bilhões de reais a partir de fraudes em contratos da Petrobras e do pagamento de propina a agentes públicos. E mais: o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou, no despacho que autorizou a prisão preventiva do ex-ministro no início de agosto, que há indícios de que o petista praticava crimes de forma “profissional” e “habitual”. Uma das evidências, apontou o magistrado, é que Dirceu continuou a receber propina mesmo depois de já condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa no julgamento do mensalão.

    Segundo Moro, as provas recolhidas no âmbito da Lava Jato – e potencializadas com as revelações do lobista Milton Pascowitch de que os repasses a Dirceu eram propina – indicam que o ex-ministro “persistiu recebendo vantagem indevida durante toda a tramitação da ação penal, inclusive durante o julgamento em plenário”. A audácia do petista de embolsar dinheiro sujo enquanto tentava desqualificar o julgamento do mensalão pelo STF indica, segundo Moro, “acentuada conduta de desprezo não só à lei e à coisa pública, mas igualmente à Justiça criminal e a Suprema Corte”.

    No depoimento desta segunda-feira, Dirceu chegou à sala da CPI às 10h09 escoltado por dois policiais. Recusou-se a informar se era “o líder da organização criminosa”, se cogita fazer um acordo de delação premiada, se é um “traidor do Brasil” e também se replicou, na Lava Jato, o esquema criminoso do mensalão. José Dirceu tampouco respondeu a questionamentos sobre os serviços de consultoria que diz ter prestado e que as investigações apontam ser de fachada. “Já chamaram o senhor de guerreiro do povo brasileiro. Depois do mensalão e do petrolão, o senhor pode ser chamado de ladrão do povo brasileiro?”, questionou o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO).

    Com as mãos para trás e acompanhado por dois advogados, cumprimentou o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), e o relator da comissão, o petista Luiz Sergio (PT-RJ), mas não deu esclarecimentos. (…)
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