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Dilma: o que sinaliza a sua posse

Momentos mais inspiradores dos discursos da nova presidente foram aqueles que apontaram para o futuro

Por Da Redação
1 jan 2011, 20h44
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  • Da roupa correta e discreta, da leitura um tanto dificultosa dos discursos, da maneira cortês, mas não efusiva, com que a nova presidente recebeu cumprimentos e homenagens, o que se depreende é o que já se esperava. Acabou-se o espetáculo

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    Neste 1º. de janeiro de 2011, as solenidades da posse de Dilma Vana Rousseff como presidente tiveram início às 14h, quando ela deixou sua residência oficial sob chuva pesada, e se estenderam até depois das 21h, num coquetel para autoridades oferecido no Palácio do Itamaraty. Foram, portanto, mais de sete horas carregadas de simbolismo – não apenas o simbolismo inerente aos rituais da democracia, mas, nas roupas, nos gestos e palavras de Dilma, indícios do que esperar de seu governo.

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    O fato de Dilma ser a primeira mulher a ocupar a presidência tem, com certeza, um significado especial. O país deu um sinal de maturidade. Não era necessária a adoção da palavra “presidenta”, que a presidente insistiu em usar, mas ela teve razão em começar seu discurso no Congresso ressaltando o fato inédito: “Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher. Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico desta decisão.”

    Tanto no plenário da Câmara quanto no parlatório do Palácio do Planalto, é importante ressaltar suas palavras sobre o passado e o futuro. Se contribuiu para o mito de que a história do Brasil recomeçou no governo de seu antecessor (“Sob sua liderança”, disse ela, “o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da história”), Dilma também se rendeu ao bom senso afirmando que “um governo se alicerça no acúmulo de consquistas da história; é mudança e continuidade”. Como é natural, os momentos mais inspiradores dos seus discursos foram aqueles que apontaram para o futuro. No parlatório, ainda que à sua moda, digamos, desprovida de paixão, Dilma fez bem em falar de sonho, em repisar o tema da união e do governo que é para todos. Espera-se que o sonho, e não a reverência ao passado, marquem o seu governo.

    Da roupa correta e discreta, da leitura um tanto dificultosa dos discursos, da maneira cortês, mas não efusiva, com que a nova presidente recebeu cumprimentos e homenagens, o que se depreende é o que já se esperava. Acabou-se o espetáculo. Até mesmo porque as dimensões de seu carisma não permitem, a presidência com Dilma Rousseff deixará de ser ferramenta para a construção de um culto à personalidade e voltará a ser tão somente um cargo político, ainda que poderosíssimo. No longo discurso no Congresso, ela mencionou muitos temas que inquietam o Brasil de hoje, da segurança à saúde, da educação à economia. Boa sorte a ela na tarefa de implementar as políticas que separam o Brasil do cenário pintado por ela numa das frases de hoje: “Podemos ser, de fato, uma das nações mais desenvolvidas e menos desiguais do mundo – um país de classe média sólida e empreendedora.”

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