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Deputados do PR dão passo rumo à oposição

Líder do partido evitou rompimento definitivo e defendeu a necessidade de consulta à direção da legenda. Em reunião, maioria dos deputados pediu rompimento

Por Gabriel Castro
21 mar 2012, 03h15
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  • A bancada do PR na Câmara deu nesta terça-feira um passo rumo à oposição. Durante mais de três horas de reunião, os parlamentares da legenda discutiram a possibilidade de um rompimento definitivo com o governo, como fizeram os senadores da sigla. Pela primeira vez, havia uma clara maioria a favor da adesão ao grupo oposicionista. Mas o líder da bancada, Lincoln Portela (MG), tentou conter os ânimos e argumentou que o caso deveria ser levado primeiro à cúpula do partido.

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    Diante da postura de Portela, que defende a permanência da postura de independência da bancada, alguns parlamentares se irritaram. Ao menos seis deles, inclusive o influente Luciano Castro (RR) deixaram a reunião antes do fim, quando já estava claro que o líder não aceitaria realizar uma votação para decidir a posição dos deputados do PR.

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    “Para que nós vamos votar se depois vai ser preciso levar à direção do partido?”, criticou Castro, logo após deixar a sala onde ocorria a reunião. Ele também resumiu o clima na bancada: “Cresce no partido o sentimento de oposição”. Já Portela diz que evitou a tomada de uma decisão precipitada por parte dos deputados. “Vamos ouvir o Senado, os presidentes dos diretórios estaduais e a Executiva Nacional”, afirmou. Ele disse que não há prazo para que o PR, unificado, bata o martelo sobre a situação. Ou seja: a incerteza pode perdurar.

    Postura – O líder da bancada diz que, na votação da Lei Geral da Copa, vai liberar a bancada. Portela afirma ser contra o texto: “Nós não somos colônia da Fifa”, diz ele. O comandante dos 36 deputados do PR, entretanto, tenta manter sua bancada na postura de independência. Na avaliação dele, o partido tem mais liberdade para atuar e diminuir as chances de ser visto como chantagista. O líder, entretanto, garante: se o PR decidir pular definitivamente para a oposição, vai bater de frente com o governo: “Se eu for para a oposição, vou fazer a oposição que o PT me ensinou a fazer. Não vou ser como o PSDB e o DEM”.

    Os motivos que levaram o PR a se afastar do governo passam pela perda do Ministério dos Transportes, depois da demissão de Alfredo Nascimento. A sigla também se queixa da falta de atenção por parte do governo e do congelamento das emendas parlamentares. “A hermenêutica do governo com o PR é a pior possível. E não é só com o PR”, afirma Lincoln Portela.

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