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Deputado do PSL diz que governo tem apenas 70 votos por reforma

'Cadê os 110 votos que o Onyx disse que tinha? Até agora não veio', critica Coronel Tadeu, que apoia as manifestações pró-Bolsonaro no domingo

Por André Siqueira Atualizado em 20 Maio 2019, 21h44 - Publicado em 20 Maio 2019, 20h50

O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) afirmou a VEJA nesta segunda-feira, 20, que, “com certeza, falta articulação do governo Bolsonaro” para aprovar a reforma da Previdência. Pelas contas do parlamentar, hoje o presidente possui apenas 70 votos na Câmara a favor do texto  que altera as aposentadorias para ser aprovada, a reforma precisa de 308 votos na Casa.

“A estrutura ao lado do presidente não funciona. Cadê os 110 votos que o Onyx [Lorenzoni, ministro da Casa Civil] disse que tinha? Até agora não veio. A Joice [Hasselmann, líder do governo no Congresso] está articulando? Quantos votos ela conseguiu? Não sei se estão falhando, mas não está acontecendo o que deveria estar”, afirmou.

Tadeu também duvida que a reforma seja votada até julho, conforme cronograma estipulado pelo presidente da comissão especial que analisa o texto, o deputado Marcelo Ramos (PR-AM). “Não vota. Quem diz que conseguirá honrar esse prazo está mentindo. Não dá para votar, mas torço para estar equivocado, já que o país está completamente parado”, diz.

Sobre os atos em apoio a Bolsonaro convocados para o próximo domingo, 26, Coronel Tadeu avalia que é a forma encontrada pelo PSL para rebater e contrabalancear a força política do Centrão. “É nossa forma de mostrar nosso poder. O Centrão pode ter votos no Congresso, mas quem tem o poder das mídias sociais somos nós, o PSL”, ressalta ele, que participará da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.

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O deputado ainda avalia que os “desvios ideológicos do presidente” não atrapalham o funcionamento do governo. “Quem se apoia nisso e diz que o presidente comete desvios e se perde no discurso ideológico está arrumando desculpa para impedir votações, para travar o governo”, afirma o deputado, ecoando o discurso expresso no texto que o presidente compartilhou sobre o país ser “ingovernável” sem “conchavos” com corporações.

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