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Depoimentos confirmam que Petrobras atuou para fraudar CPI

Reportagem publicada por VEJA em 2014 revelou a existência de um vídeo em que funcionários da estatal aparecem tramando para proteger Nestor Cerveró

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 ago 2016, 19h41 - Publicado em 10 ago 2016, 18h51
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  • Depoimentos prestados em investigações do Ministério Público Federal em Brasília e à força-tarefa da Lava-Jato confirmam reportagem publicada por VEJA em agosto de 2014, intitulada “A Grande Farsa”. A revista mostrou que integrantes da CPI da Petrobras, em conluio com a direção da estatal, montaram uma fraude, que consistia em repassar antecipadamente aos investigados as perguntas que lhes seriam feitas na CPI.

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    A reportagem revelou a existência de um vídeo que registrou conversas entre os diretores da Petrobras nas quais eles combinam estratégias para proteger Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da estatal, um dos principais envolvidos no escândalo do petrolão.

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    Quem primeiro confirmou a farsa da CPI foi o próprio Cerveró. Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava-Jato, o ex-diretor disse que na semana do seu depoimento no Senado ficou hospedado com seu advogado, Edson Ribeiro, no Hotel Meliá, no centro de Brasília. Na véspera do depoimento, o assessor do então senador Delcídio do Amaral , Diogo Ferreira Rodrigues, foi ao hotel e entregou uma lista contendo todas as perguntas que seriam feitas no dia seguinte pelo relator da CPI, o petista José Pimentel. 

    Diogo disse a Cerveró que aquelas perguntas haviam sido preparadas pela assessoria dos senadores da CPI. Em seu depoimento ao MPF, Diogo confirmou que foi Delcídio, então líder do governo Dilma no Senado, quem lhe pediu para levar um envelope ao ex-diretor. O senador, que foi preso depois e teve o mandato cassado por tentar subornar Nestor Cerveró, ainda não foi ouvido.

    O MPF também recebeu cópia de investigação interna da Petrobras sobre o caso. Segundo a conclusão da estatal, a gravação foi feita por Bruno Ferreira, um dos advogados da própria estatal. Bruno admitiu apenas ter feito pesquisa sobre canetas espiãs em sites, com o propósito de monitorar uma empregada doméstica. A investigação do Ministério Público Federal é conduzida pelo procurador Ivan Marx.

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