Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Defesa de Lula pede ao STF que ele fique solto até julgamento de recurso

Advogados do petista pedem que o Supremo conceda efeito suspensivo ao recurso extraordinário contra a condenação dele na Operação Lava Jato

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2018, 17h19 - Publicado em 5 jun 2018, 16h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira, 5, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o recurso extraordinário movido na Corte contra a condenação do petista na Operação Lava Jato ganhe efeito suspensivo. Dirigida à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a demanda dos advogados de Lula é para que os efeitos da sentença que o condenou em segunda instância, incluindo a prisão dele, sejam suspensos “até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal”.

    Publicidade

    Lula está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde o dia 7 de abril. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no caso do tríplex do Guarujá. Com o fim do processo em segunda instância, a defesa do ex-presidente entrou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recurso extraordinário no STF contra a condenação. A vice-presidência do TRF4 ainda analisa a admissibilidade dos recursos, isto é, se eles podem ser remetidos aos tribunais superiores.

    Publicidade

    Embora a possibilidade de prisões após segunda instância seja autorizada por uma decisão do plenário do próprio Supremo, os defensores do ex-presidente sustentam à Corte que a prisão dele “viola um dos direitos mais basilares do requerente (e também de qualquer cidadão brasileiro) – seu direito à liberdade” e “afronta” o princípio da presunção de inocência.

    O pedido afirma ainda que Lula é pré-candidato à Presidência da República na eleição de outubro e, “além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sérios riscos de ter, da mesma forma, seus direitos políticos indevidamente cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Mesmo preso, o petista lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto. Conforme o mais recente levantamento feito pelo Datafolha, divulgado em abril, Lula tem entre 30% e 31% das intenções de voto.

    Os advogados também sustentam que o juiz federal Sergio Moro não poderia ter julgado o ex-presidente na Lava Jato porque o caso do tríplex não teria relação com o esquema de corrupção da Petrobras. O magistrado, argumentam, pretende se tornar “juízo universal da corrupção e estender a seu talante sua atribuição jurisdicional a todos os fatos e sujeitos que julgar convenientes”. Além disso, a defesa acusa Moro de ter sido parcial no julgamento do petista.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Outros argumentos são os de que houve violação à ampla defesa e irregularidades na atuação de procuradores do Ministério Público Federal (MPF).

    Logo no início do documento, os advogados de Lula ponderam saber que um recurso excepcional, como o recurso extraordinário, não tem o poder de suspender o efeito de uma decisão até que ele seja julgado. Segundo os defensores, no entanto, o pedido ao STF se justifica porque “o ordenamento processual prevê a possibilidade de concessão de efeito suspensivo aos recursos dirigidos às Cortes Superiores quando a execução da decisão recorrida for passível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação”.

    Publicidade

    Leia aqui a íntegra do pedido de Lula ao STF.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.