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De olho na força de Bolsonaro, treze estados e DF escolhem governador

Maior parte dos postulantes que chegaram ao segundo turno anunciou voto no capitão da reserva, que optou pela neutralidade nas disputas

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h36 - Publicado em 28 out 2018, 09h35

Neste domingo (28), os brasileiros moradores de treze estados e do Distrito Federal voltam às urnas neste segundo turno para escolher não só o próximo presidente da República, mas também o governador do seu estado a partir de janeiro do ano que vem. Em todas as catorze eleições, as campanhas estão diretamente associadas à nacional, gerando uma grande expectativa sobre qual será o peso dos presidenciáveis, em especial de Jair Bolsonaro (PSL), como cabos eleitorais.

Bolsonaro tem o apoio da maior parte dos postulantes que avançaram para esta segunda etapa, mas adotou a estratégia de não pedir votos diretamente nos estados em que candidatos do PSL não avançaram. Seu partido, que até este ano jamais tinha eleito um governador, caminha para fazer três: Comandante Moisés, em Santa Catarina, Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, e Antônio Denarium, de Roraima. Surfando na popularidade do capitão da reserva, os postulantes do partido lideram as disputas contra, respectivamente, Gelson Merísio (PSD), Expedito Júnior (PSDB) e Anchieta Júnior (PSDB).

A defesa de Bolsonaro também foi um dos principais temas do segundo turno no Estado de São Paulo. Tão logo as urnas do primeiro turno foram fechadas, o candidato do PSDB, João Doria, tentou pregar o voto “Bolsodoria”, em dobradinha com o presidenciável do PSL. Ele não conseguiu que o deputado federal manifestasse expressamente um apoio, apenas mensagens laterais e apoio de aliados, mas colocou um obstáculo ao adversário, Márcio França (PSB), que precisou passar boa parte do segundo turno se justificando de não ser “petista”.

Os dois, Doria e França, chegam à reta final em uma disputa das disputas mais acirradas do país. Outras tão apertadas quanto parecem ser as de Mato Grosso e do Amapá. Em ambas, as distâncias entre os dois candidatos são de 4 ou menos pontos porcentuais. No primeiro, a disputa é entre o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), contra o ex-juiz Odilon de Oliveira (PDT). No segundo, concorrem o ex-governador João Capiberibe (PSB) e o atual ocupante do cargo, Waldez Góes (PDT).

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A maior parte das pesquisas mostra, no entanto, que a situação de boa parte dos estados já caminha para uma definição. Em relação aos últimos levantamentos, Eduardo Leite (PSDB) mantém vantagem sobre José Ivo Sartori (MDB) no Rio Grande do Sul, Romeu Zema (Novo) sobre Antonio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais, Fátima Bezerra (PT) sobre Carlos Eduardo (PDT) no Rio Grande do Norte, Belivaldo Chagas (PSD) sobre Valadares Filho (PSB) no Sergipe, Wilson Lima (PSC) sobre Amazonino Mendes (PDT) no Amazonas, Helder Barbalho (MDB) sobre Márcio Miranda (DEM) no Pará e Ibaneis (MDB) sobre Rodrigo Rollemberg (PSB) no Distrito Federal.

Em um terceiro e último pelotão encontram-se os estados onde aparece uma chance de virada. O principal deles é o Rio de Janeiro, onde o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) avança a passos largos para reverter a vantagem do ex-juiz Wilson Witzel (PSC) e se tornar governador. No Rio, Bolsonaro também foi um protagonista oculto da disputa. Catapultado por um apoio do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na reta final do primeiro turno, Witzel vem se esforçando para ser o candidato do “bolsonarismo” também na segunda etapa, mas viu alguns aliados do capitão da reserva, como o pastor Silas Malafaia, declararem voto em Paes, o que pode ter influenciado na mudança da balança.

As disputas dos estados por região

Sul

Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB)
Santa Catarina: Comandante Moisés (PSL) e Gelson Merísio (PSD)

No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) foi eleito no primeiro turno.

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Sudeste

Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo)
Rio de Janeiro: Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC)
São Paulo: João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB)

No Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) foi eleito no primeiro turno.

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Nordeste

Rio Grande do Norte: Carlos Eduardo (PDT) e Fátima Bezerra (PT)
Sergipe: Belivaldo Chagas (PSD) e Valadares Filho (PSB)

Nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, os candidatos Renan Filho (MDB), Rui Costa (PT), Camilo Santana (PT), Flávio Dino (PCdoB), João Azevêdo (PSB), Paulo Câmara (PSB) e Wellington Dias (PT) foram, respectivamente, eleitos no primeiro turno.

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Norte

Amapá: João Capiberibe (PSB) e Waldez Góes (PDT)
Amazonas: Amazonino Mendes (PDT) e Wilson Lima (PSC)
Pará: Helder Barbalho (MDB) e Márcio Miranda (DEM)
Rondônia: Coronel Marcos Rocha (PSL) e Expedito Júnior (PSDB)
Roraima: Anchieta Júnior (PSDB) e Antonio Denarium (PSL)

Nos estados do Acre e de Tocantins, os candidatos Gladson Cameli (PP) e Mauro Carlesse (PHS) foram, respectivamente, eleitos no primeiro turno.

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Centro-Oeste

Distrito Federal: Ibaneis (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB)
Mato Grosso do Sul: Odilon de Oliveira (PDT) e Reinaldo Azambuja (PSDB)

Nos estados de Goias e de Mato Grosso, os candidatos Ronaldo Caiado (DEM) e Mauro Mendes (DEM) foram, respectivamente, eleitos no primeiro turno.

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