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Day after de confusão na Câmara de SP tem provocações e pedido de cassação

Votação de reforma da Previdência dos servidores municipais teve bate-boca e empurrões

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h02 - Publicado em 22 dez 2018, 11h55
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  • No dia seguinte à confusão que tomou conta da Câmara Municipal de São Paulo durante a acalorada primeira votação da reforma da Previdência dos servidores municipais, dois dos envolvidos no empurra-empurra dentro do plenário deram suas versões dos fatos. O vereador Fernando Holiday (DEM) informou que vai pedir a cassação de Antonio Donato (PT) e apresentar uma notícia-crime contra o petista no Ministério Público. Vídeos do tumulto mostram o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) sendo empurrado pelo colega. Donato, por sua vez, afirmou em nota que apenas “respondeu aos ataques” de Holiday. “É praxe dele incitar confusão e violência”, escreveu o petista, que ainda chamou o vereador do DEM de “moleque mimado”.

    Depois de muito bate-boca, a proposta foi aprovada por 33 votos contra 16, mas ainda precisa passar por uma segunda votação, marcada para a semana que vem.

    Sessão tumultuada

    Por volta das 15h30, logo após o início do evento, Samia Bonfim (PSOL) e Janaína Lima (Novo) trocaram ofensas na Mesa da Casa. Uma hora depois, durante a fala de Samia, Fernando Holiday subiu ao púlpito para interromper a colega, dizendo que o tempo dela já havia acabado. Toninho Vespoli, também do PSOL, reagiu para defender a colega e os dois se peitaram. Em seguida, Antonio Donato, líder do PT da Câmara, chegou para apoiar Vespoli. Em vídeo, Holiday afirma ter sido agredido pelo petista.

    “Neste momento (de confusão com Vespoli), veio por detrás o líder do PT, Antonio Donato, e me agrediu, me empurrando, tentando dar socos, tapas etc. Uma baixaria, uma coisa extremamente lamentável”, afirmou o vereador do DEM.

    Manifestantes que protestavam do lado de fora da Câmara entraram no plenário e os guardas-civis metropolitanos, que faziam a segurança do local, tentaram retirá-las. Um homem chegou a ser carregado para fora da Casa. O vereador Eduardo Suplicy (PT) se abraçou a uma manifestante que também era retirada, impedindo sua saída. Com a confusão, a sessão chegou a ser suspensa.

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    Vereadores da oposição ao prefeito Bruno Covas (PSDB) chegaram a brigar com os membros da GCM. O vereador Antonio Donato trocou empurrões com um guarda-civil. Alguns guardas filmaram a confusão com celulares. “No meio da confusão, o vereador Antonio Donato agrediu um dos guardas municipais. Definitivamente o vereador do PT já passou dos limites e por isso, neste momento, estamos redigindo um pedido de cassação de Antonio Donato e uma notícia crime ao Ministério Público para que também tomem providências”, disse Holiday.

    Em nota oficial, o vereador Antonio Donato defendeu sua história da Câmara e criticou o vereador do DEM. “Sou vereador há 13 anos, respeitado pela quase totalidade dos meus pares, e tenho história de luta em defesa do povo de São Paulo. Aprovei 58 leis, fui presidente da Câmara Municipal e sou líder da bancada do PT. Não tenho medo de Fernando Holiday”, escreveu. “É praxe dele incitar a confusão e violência, para que os assessores filmem, manipulem a edição e publiquem nas redes sociais para tentar comover a sociedade. Durante a audiência do projeto de reforma da previdência ele agrediu a mim e a vários vereadores, razão pela qual tomei a iniciativa de responder aos ataques que perpetrou. Holiday não tem estatura moral e nem política para tentar se passar por vítima. Ele se porta dentro e fora da Câmara como moleque mimado.”

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    Outra envolvida nas confusões, a vereadora Samia Bonfim, eleita deputada federal a partir de 2019, criticou o partido Novo e o MBL em sua conta do Twitter. “Se dizem a renovação da política mas são soldadinhos do PSDB na Câmara de São Paulo para aprovar o confisco do salário dos servidores. Nós, do PSOL, vamos pra cima deles. É pra isso que estamos lá”, escreveu a psolista.

    Envolvida em confusão com Samia Bonfim, a vereadora do NOVO, Janaína Lima criticou a ação dos partidas de esquerda, PSOL e PT. “Essa é a prática dos esquerdistas: fake news, bagunça e violência. O vereador do PSOL, Toninho Vespoli, mente ao dizer que os apoiadores e filiados do NOVO foram privilegiados na entrada da audiência pública da reforma da Previdência. Ele é covarde ao esconder que a Câmara Municipal determinou locais de entrada distintos para apoiadores e opositores da reforma por motivos de segurança. Como se não bastasse, ainda incitou os esquerdistas a ofenderem todos aqueles que apresentavam opiniões contrárias às suas. Por trás do discursinho bonito do braço direito do PT, reina intimidação, mentira e desrespeito!”

    Outro vereador do PSOL, Toninho Vespoli, também criticou a ação do MBL na Câmara. “Enfrentei sim os moleques do MBL. Eles tentam votar as vésperas do Natal o projeto do SAMPAPREV que confisca aposentadoria dos servidores municipais. Não tenho medo de quem quer retirar direitos do povo! Estamos juntos e obrigado por todo apoio e solidariedade que recebi”, disse o vereador.

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    O vereador do PT Eduardo Suplicy, envolvido em confusão com a GCM, justificou sua atitude. “Durante a audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Paulo nesta sexta-feira, foi necessária a minha intervenção para evitar que a Guarda Civil Metropolitana retirasse de forma rude duas funcionárias públicas que estavam no plenário participando da audiência.”

    (Com Estadão Conteúdo)

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