Cerca de um ano meio após ganhar o segundo turno de 2020 e voltar à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes (PSD) tem sua gestão considerada ruim ou péssima por 36% dos cariocas, segundo nova pesquisa Datafolha. Trata-se do pior índice do prefeito nos três mandatos em que esteve à frente do município – antes, governou a segunda maior cidade do país entre o início de 2009 e o fim de 2016.
A reprovação é maior que a aprovação: apenas 21% dos entrevistados consideram a administração boa ou ótima. A maior parcela dos cariocas, de 42%, a considera regular, enquanto 2% não responderam.
O Datafolha observou que a reprovação só é maior que a de seu mais recente antecessor, Marcelo Crivella, em 2018, e a de seu padrinho político, Cesar Maia, em 1994. Apesar do sucesso da vacinação contra a covid na cidade, Paes enfrentou nos últimos meses problemas com garis e rodoviários, o que pode ter prejudicado sua avaliação entre os mais pobres. São justamente eles os que mais reprovam a gestão: 39% dos que ganham até dois salários mínimos puxam para cima o percentual de ruim ou péssimo, enquanto apenas 23% dos que recebem mais de dez salários a avaliam dessa forma.
A pesquisa também perguntou em quem os entrevistados votarão para governador neste ano, a fim de mensurar quais eleitores mais aprovam ou rejeitam o mandato de Paes. A pior avaliação está entre os que dizem votar no governador Cláudio Castro (PL) ou no ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil), cuja candidatura ainda não está totalmente definida. A maior aprovação ao prefeito se dá nos eleitorados de Marcelo Freixo (PSB) e Rodrigo Neves (PDT).
O ex-comandante do Bope e da PM que auxilia a campanha de Freixo
Escolhido por Paes para a disputa estadual, o advogado Felipe Santa Cruz (PSD) ainda aparece sem força nas pesquisas. O grupo político deles e o PDT teceram um acordo para estarem juntos numa aliança, mas, como ambas as partes relutam em ceder, ela pode ter uma ruptura.
O levantamento do Datafolha divulgado neste domingo entrevistou 644 cariocas acima de 16 anos, de todas as classes sociais e regiões. A margem de erro é de até quatro pontos percentuais para mais ou para menos.