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O ex-comandante do Bope e da PM que auxilia a campanha de Freixo

Alberto Pinheiro Neto está no grupo que ajuda a montar programa de segurança pública para o candidato do PSB no Rio, que já foi defensor da desmilitarização

Por Caio Sartori Atualizado em 8 abr 2022, 21h10 - Publicado em 8 abr 2022, 17h59

Pré-candidato ao governo do Rio, Marcelo Freixo (PSB) tem feito mistério sobre os policiais que integram o grupo que discute há quase dois anos a elaboração de um projeto de segurança pública para o estado – tema central da eleição. Um deles, no entanto, é Alberto Pinheiro Neto, coronel da reserva da Polícia Militar que já foi comandante-geral da corporação e chefiou o Batalhão de Operações Policiais Especiais, o famoso Bope.

Nos filmes Tropa de Elite 1 e 2, sucesso de público no Brasil, o personagem Fraga, inspirado em Freixo, antagoniza com o modelo de polícia fluminense, personificado ali pelo ‘caveira’ Capitão Nascimento. Uma das bandeiras do ex-PSOL no início da trajetória política era a desmilitarização da PM, o que sempre fez com que adversários o pintassem como um inimigo da corporação. 

Para driblar essa imagem – um de seus maiores desafios na disputa deste ano -, Freixo mobilizou um grupo recheado de figurões das polícias, mas não revela a maior parte, especialmente os que ainda estão na ativa. Teme que eles sofram retaliações.

Um dos responsáveis por fazer a ponte com a classe foi o coronel da reserva e antropólogo Robson Rodrigues, ex-chefe de Estado-Maior da PM na época em que Pinheiro Neto estava no comando-geral.

“Eu e Freixo temos essa interlocução mais política desde 2016, quando passei para a reserva. E sempre quis que ele fosse candidato a governador. Quando decidiu ser, há cerca de dois anos, começamos a montar o grupo”, conta o coronel Robson. “Algumas das condições para participar são a integridade e a qualidade do pensamento, coisas que o Pinheiro Neto tem. Temos uma oportunidade histórica de conseguir colocar em prática aquilo que acreditamos ser o correto.”

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Segundo o militar, a construção do programa passa por dois eixos: modernização e governança, que abarcam desde melhorias básicas no modo de trabalho dos agentes até a integração entre as polícias e demais áreas, como a Administração Penitenciária, a Defesa Civil e a Guarda Municipal. 

Além de comandante-geral da PM, cargo que ocupou entre 2015 e 2016 por nomeação do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), Pinheiro Neto ficou à frente do Bope por dois anos e meio, de janeiro de 2007 a julho de 2019. Foi gerente de Segurança Patrimonial da TV Globo e também já encabeçou o setor de Assuntos Estratégicos da polícia. Ao contrário do amigo Robson, nunca teve grandes elos políticos.

Na pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, Freixo aparece na liderança, com 22%, mas em empate técnico com o atual governador, Cláudio Castro (PL), que tem 18%. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos para mais ou para menos.

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