O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes partidários vão se reunir nesta quarta-feira, às 14 horas, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para cobrar agilidade da corte na publicação do acórdão do julgamento que definiu a tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A publicação do documento, que detalha o entendimento do tribunal sobre o caso, é fundamental para a estratégia de tentar reverter parte do veredicto dos ministros. Na última semana, em uma derrota do peemedebista, o STF derrubou a eleição da comissão especial do impeachment e determinou que a escolha dos integrantes que darão parecer prévio sobre o afastamento de Dilma seja feita por indicação dos líderes partidários e, depois, submetida a voto aberto. Com o acórdão, que vai ser redigido pelo ministro Roberto Barroso, Eduardo Cunha quer ingressar com embargos de declaração para cobrar esclarecimentos sobre o julgamento. O entendimento do peemedebista é o de que as dúvidas sobre a escolha dos integrantes da comissão do impeachment devem ser estendidas aos demais colegiados da Casa, o que poderia paralisar parte dos trabalhos da Câmara no início de 2016. Cunha diz que não vai convocar as comissões permanentes enquanto o Supremo não se manifestar sobre os embargos e que não se sente “confortável” de dar curso a eleições secretas e com candidaturas alternativas, como costuma acontecer nas comissões, enquanto a questão não estiver clara na Justiça. (Laryssa Borges, de Brasília)