O presidente Jair Bolsonaro falou na manhã desta quarta-feira, 11, que “cultura é para a maioria, não é para a minoria”. A declaração foi dada na saída do Palácio do Planalto, ao comentar a reunião que teve com o secretário de Cultura, Roberto Alvim.
Bolsonaro ainda defendeu a indicação do jornalista Sérgio Camargo para presidir a Fundação Palmares, cuja nomeação foi suspensa pela Justiça — medida que foi revelada com exclusividade pelo blog Radar.
O presidente disse que o indicado é “excelente” e que gostou muito dele. “Não tem essa história de branco e negro. Somos iguais e ponto final”, disse. O indicado para a fundação criada para preservar a história e cultura de matrizes africanas no país é conhecido por declarações contra o movimento negro.
Antes de ser nomeado, Camargo disse que a escravidão, apesar de terrível, foi benéfica para os descendentes, que negros viveriam em condições piores na África do que no Brasil. Ele defendeu também o fim do feriado do Dia da Consciência Negra, que, na sua opinião, foi instituído para o “preto babaca” que é um “idiota útil a serviço da pauta ideológica progressista”.