Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como ‘trauma André Mendonça’ pode facilitar a vida do indicado ao STF

Operação para barrar indicado de Bolsonaro ao Supremo naufragou, mas produz reflexos até hoje

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 abr 2023, 19h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ex-ministro da Justiça, André Mendonça foi submetido a exatos 141 dias de espera até ter seu nome aprovado, em dezembro de 2021, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Neste período, senadores trabalharam para inviabilizar a indicação daquele que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia classificado como “terrivelmente evangélico” e emplacar um nome mais palatável à classe política – o atual procurador-geral da República Augusto Aras era a preferência de praticamente nove em cada dez senadores.

    Publicidade

    Embora Mendonça tenha tido a votação apertada para um indicado ao STF nos últimos anos – foram apenas seis votos a mais que o mínimo de 41 necessários para a confirmação –, a operação para rifar o bolsonarista naufragou e, passados quase dois anos, o caso voltou à mesa de discussões porque o presidente Lula prepara-se para fazer uma nova escolha para a Suprema Corte.

    Publicidade

    Entre supremáveis, o episódio foi apelidado de “trauma André Mendonça” em referência à ousada ofensiva parlamentar de melar uma indicação do Executivo. Mais relevante que o custo político de integrar a linha de frente contra um potencial magistrado, dizem os candidatos de hoje ao STF, é o custo de pilotar a manobra, perder e comprar a inimizade do futuro juiz.

    Cálculos como este estão sendo tabulados pelos aspirantes a ministro na tentativa de demonstrar que, independentemente de quem for o indicado, dificilmente o Senado se arvoraria a repetir o erro. Depois do desgaste, Mendonça, por exemplo, ficará pelos próximos 25 anos à frente de uma cadeira na Suprema Corte.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Favorito na bolsa de apostas pela vaga ao STF, o advogado do presidente Lula na Lava-Jato Cristiano Zanin conta de largada com a reprovação do que no Congresso está sendo chamado de “a turma dos dez”, um misto de senadores lavajatistas como Sergio Moro e bolsonaristas ideológicos como Damares Alves, Jorge Seif e Cleitinho, que se recusariam a ratificar um nome tão identificado como o lulismo. Reportagem de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais mostra, no entanto, que apoiadores do ex-presidente Bolsonaro esperam conseguir até 30 votos contra o candidato.

    Aliados do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, por sua vez, contabilizam, na pior das hipóteses, 20 votos contrários caso seja o seu o nome apresentado. Terceiro candidato que chegou à peneira final feita pelo Palácio do Planalto, o diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional Manoel Carlos de Almeida Neto teria um desafio diferente. Primeiro se fazer conhecido entre os parlamentares para depois tabular eventuais rejeições. Nos três casos, porém, os votos contrários dificilmente colocariam o risco a aprovação do escolhido. É mais do que nunca o “trauma de André Mendonça”.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.