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Com Ramagem, Bolsonaro fala em ‘perseguição’ e elogia o aliado no Rio

Ex-presidente participou de ato com o pré-candidato do PL na capital fluminense

Por Lucas Mathias Atualizado em 18 jul 2024, 14h24 - Publicado em 18 jul 2024, 12h56

Em meio à investigação sobre a aparelhagem da Abin, Jair Bolsonaro (PL) participou, nesta quinta-feira, 18, de ato ao lado de Alexandre Ramagem (PL), seu apadrinhado na corrida pela prefeitura do Rio. Já em tom de campanha, o ex-presidente retomou o discurso de que sofre uma perseguição política e da polarização e desejou sorte ao aliado, em meio à projeção de que a eleição deste ano será um aquecimento para 2026. Bolsonaro, contudo, ressaltou que o evento não se tratava de um comício eleitoral, o que só é permitido a partir de agosto.

“Nossas escolhas definem nosso futuro. Quando se fala em 26, temos que passar por 24. Todos aqueles que estão ao meu lado passam perseguições. Nós acreditamos. Nós não vamos dividir o Brasil. Sabemos o que está errado, como agir e como administrar o Rio de Janeiro”, disse.

Ramagem e Bolsonaro são alvos de inquérito que mira uso indevido da Abin, durante o mandato do ex-presidente, em benefício de seus interesses pessoais e de seus filhos e com aparelhamento do órgão para espionagem de desafetos. Nos últimos dias, foi divulgado áudio de reunião entre eles, que teria sido grampeada sem o conhecimento do então chefe do Planalto. O fato, às vésperas da oficialização das candidaturas, chegou a ameaçar o futuro do PL no Rio, o que não avançou.

Em um carro de som ao lado de Ramagem, Bolsonaro lembrou da atuação do pré-candidato como delegado da Polícia Federal e disse que ele tem pagado “um preço” por sua lealdade.

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“O Ramagem, um delegado federal que conheci ainda na transição em 2018, já começa a pagar um preço alto por sua ousadia de querer sonhar, pensar e administrar uma cidade com honradez e com orgulho”, bradou, antes de projetar o pleito deste ano: “Desejo boa sorte ao Ramagem. E boa sorte aos pré-candidatos a vereador aqui presentes”.

Embalado pela polarização política, Bolsonaro voltou a atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a acusá-lo de se aliar ao crime organizado. “Me tornaram inelegível porque me reuni com um embaixador. Não estive numa comunidade aqui me reunindo com traficante. Não recebi e jamais receberia a dama do tráfico em Brasília. Alguns acharam que eu devia passar a faixa pra aquele cara. Eu não passo faixa para ladrão. Ele trouxe de volta para o nosso governo todos que roubaram”, afirmou. 

Ramagem, por sua vez, centralizou seu discurso nos temas ideológicos, caros ao eleitorado bolsonarista, mas de cunho majoritariamente nacional. E criticou a gestão do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), sem citá-lo nominalmente, antes de defender que a Guarda Civil seja armada, o que será uma de suas principais bandeiras eleitorais.

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“Hoje, temos que pensar nas nossas prefeituras. E aqui no Rio de Janeiro. Há um grupo que está aí há 30 anos. Só o prefeito está há 12 anos. O que fizeram pela segurança e pela ordem do Rio? Nada. Só violência, sem ruas limpas e iluminadas. O que fizeram com nossa Guarda Municipal? Vamos tratar como Polícia Municipal armada. Escolham bem seus vereadores e, lógico, seu prefeito também, 2024 é 2026. Temos que mostrar nossa força para depois fazer mais deputados, mais senadores. E acreditem. Vamos fazer novamente Jair Messias Bolsonaro presidente do nosso Brasil”, concluiu.

O senador Flávio Bolsonaro (PL), outro a falar no palanque e um dos alvos da investigação sobre a Abin, também bateu na tecla da perseguição política contra sua família. “Podem virar a vida do avesso, não vão encontrar nada como não encontraram até hoje. Esse pequeno grupo do Lula que está hoje na Polícia Federal vai sentar no banco dos réus e responder por abuso de autoridade”, disse.

No ato, também esteve presente o governador Cláudio Castro (PL), que não goza de grande popularidade no estado mesmo entre apoiadores de Bolsonaro, seu correligionário. Castro, porém, também exaltou o mandato do ex-presidente no Planalto, voltou a criticar o Itamaraty depois de filhos de diplomatas serem abordados nas ruas do Rio por policiais militares e teve discurso de endurecimento contra a criminalidade.

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