Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com menor adesão aos protestos, governo vê espaço para refutar impeachment

Apesar de aliviado, Planalto mantém postura de cautela e avalia que terá o período do fim de ano e as férias escolares para ganhar força na opinião pública

Por Da Redação
14 dez 2015, 08h59

A menor presença de manifestantes nos atos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, que aconteceram neste domingo em cidades de todo o país, deixaram o governo aliviado, embora a postura de cautela tenha predominado nas análises feitas ao longo do dia. Agora, o Palácio do Planalto espera poder fazer o que tem chamado de “debate com a sociedade” para evitar o afastamento da petista. Os movimentos chamaram a manifestação de “esquenta” e anunciaram um grande ato para o dia 13 de março.

O único a comentar publicamente os protestos foi o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. Após conversar por telefone com o colega da Casa Civil, Jaques Wagner, Edinho fez declarações diplomáticas em relação às manifestações, chamadas de “normais em um regime democrático”, e sem estimular o embate com os adversários do governo. “Tudo dentro da normalidade em um país democrático, que respeita a legalidade, que respeita as instituições, um Brasil que estamos construindo com muita dedicação democrática”, afirmou o ministro.

Segundo a assessoria do Planalto, Dilma permaneceu o dia todo no Palácio da Alvorada, sem receber visitas. As vias de acesso à residência oficial tiveram um dia típico de domingo, com pouco trânsito e turistas ao redor. A poucos quilômetros dali, na Esplanada dos Ministérios, o ato pelo impeachment reunia 3.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.

Leia mais:

Manifestantes voltam às ruas para pressionar pelo impeachment

Com “esquenta”, manifestantes já marcam data de novo grande protesto: 13 de março

Nas análises repassadas a Dilma por telefone, auxiliares do governo registraram que a presidente não foi poupada nos protestos, mas nenhuma outra figura política foi cortejada pelos manifestantes. Também houve protestos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acolheu o pedido de impeachment da presidente no dia 2 de dezembro, dando o pontapé inicial ao processo.

Continua após a publicidade

O governo avalia que terá o período de festas de fim de ano e de férias escolares para tentar esfriar o clima de tensão política. Pelo menos até março não estão previstas grandes manifestações. É o tempo que o Planalto considera fundamental para reavaliar estratégias políticas e ganhar força na opinião pública. Para auxiliares da presidente, a tese do impeachment, emplacada pela oposição na última semana, ainda não chegou totalmente à sociedade. Nessa análise, o governo ainda teria espaço para disputar a opinião pública.

A meta é intensificar, nas próximas semanas, iniciativas de “esclarecimento” à população de que os argumentos usados para pedir o impeachment seriam políticos e não jurídicos. Ministros próximos da presidente defendem reforçar o discurso de ligar a aceitação do pedido de impeachment a Cunha ao fato de ele ter sido denunciado por suspeita de manter dinheiro de propina no exterior.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.