O presidente Lula recriou, na última quinta-feira, 4, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, grupo conhecido como “Conselhão”, composto por 246 pessoas.
Entre os convidados estão empresários, ativistas, influenciadores digitais, professores, advogados, banqueiros e ambientalistas, em um aceno à diversidade e à formação de uma frente ampla propagada pelo petista desde a campanha.
Oficialmente, a ideia é que o grupo ajude o presidente na formulação de políticas públicas e atue como uma ponte entre o Executivo e os diversos setores da sociedade. Até a véspera do relançamento do grupo, no entanto, muitos não sabiam o que, de fato, iriam fazer.
Um jantar promovido na casa do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, na noite de quarta-feira, 3, reuniu dezenas de membros do Conselhão. Foi o primeiro encontro – informal – do grupo. No evento, em clima de descontração, muitos admitiam desconhecer o papel que teriam ao integrar o órgão.
“Eu não tenho a menor ideia”, disse, aos risos, um empresário ao ser questionado sobre as atribuições que teria dentro do grupo. “Apenas sei que fui convidado e aceitei. Não tem como negar, não é?, complementou.
Uma outra participante, que também disse desconhecer as funções, afirmou que espera ter sido convidada não apenas por ser mulher e ressaltou que aceitou a missão para dialogar com grupos diversos.
Também presente no jantar, o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, explicou que as diretrizes do Conselhão iam ser definidas mais adiante e com a formação de grupos temáticos – uma necessidade, ressaltou, dada a quantidade de membros e o diferente perfil entre eles.
A criação desses grupos de trabalho, assim como a definição de uma agenda, deve ocorrer na próxima semana.