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Com apoio do PSB, oposição consegue assinaturas para criar CPI da Petrobras

Partido de Eduardo Campos, futuro adversário de Dilma nas eleições, foi decisivo para atingir o número mínimo de assinaturas para criar a comissão

Por Gabriel Castro, de Brasília
26 mar 2014, 20h15

Não bastou a promessa de enviar ao Congresso o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), a presidente da Petrobras, Graça Foster, e quem mais os deputados e senadores quisessem ouvir sobre a pior crise que atingiu a estatal de petróleo nas últimas semanas. A oposição no Senado conseguiu na noite desta quarta-feira as 27 assinaturas necessárias – um terço da Casa – para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Petrobras. Para obter o número mínimo, o apoio do PSB, partido do presidenciável Eduardo Campos, foi decisivo.

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Se nenhum senador recuar e retirar o nome da lista, a CPI poderá ser um duro golpe para a presidente Dilma Rousseff, que terá a gigante estatal exposta à investigação no ano que tentará se reeleger. Apesar de contar com maioria absoluta nas duas Casas do Congresso, enfrentar uma CPI é sempre um risco para o governo dado o poder de quebra de sigilos, convocações e compartilhamento de dados com órgãos de investigação como o Ministério Público e a Polícia Federal.

O pedido de CPI no Senado visa apurar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que causou perdas de 1,18 bilhão de dólares à companhia brasileira, conforme revelou VEJA. Além do caso de Pasadena, os indícios de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela holandesa SMB Offshore também devem ser investigados.

O apoio do PSB à instalação da CPI foi oficializado pelo líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF). “O maior serviço que o Brasil pode prestar à Petrobras neste momento é jogar luz sobre ela”, disse o parlamentar, que também criticou o governo: “Não há, da parte do governo, pressa em esclarecer esses episódios”.

O líder do PT na Câmara, Humberto Costa (PT-PE), lamentou: “Manifesto o receio de que nós venhamos a ter uma CPI que reproduza os pífios resultados que produziu a CPI do Cachoeira”, disse ele, em referência à investigação realizada em 2012 para apurar as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira.

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O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que vai retirar o pedido de CPI no Senado caso a Câmara alcance as assinaturas necessárias para que seja criada uma comissão mista: “Trata-se de uma comissão parlamentar de inquérito exclusiva do Senado Federal, sem prejuízo da comissão mista, que é a prioridade para todos nós”, disse ele. Na Câmara, são necessárias 172 assinaturas de deputados. Até o início da noite desta quarta, foram recolhidas 143.

O PSB decidiu esperar a chegada da assinatura da senadora Lídice da Mata (BA) para entregar o apoio dos quatro integrantes da bancada de uma vez. Por isso, Alvaro Dias ainda não oficializou a entrega do documento. O senador pretende protocolar o pedido ainda hoje, mas, de qualquer forma, não será possível ler o requerimento em plenário nesta quarta.

O plano B da oposição é a instalação da comissão apenas no Senado, o que já é possível com as 28 assinaturas recolhidas. A lista inclui parlamentares do PSDB, do DEM, do PSOL, do PP, do PDT, do PSD, do PMDB e do PSB.

Confira a lista de quem assinou o pedido de CPI:

Alvaro Dias (PSDB-PR)

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Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)

Pedro Taques (PDT-MT)

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Mário Couto (PSDB-PA)

José Agripino Maia (DEM-RN)

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Aécio Neves (PSDB-MG)

Cristovam Buarque (PDT-DF)

Cyro Miranda (PSDB-GO)

Cícero Lucena (PSDB-PB)

Pedro Simon (PMDB-RS)

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Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)

Rubens Figueiró (PSDB-MS)

Ana Amélia (PP-RS)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Lucia Vânia (PSDB-PA)

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Sérgio Petecão (PSD-AC)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Jayme Campos (DEM-MT)

Aloysio Nunes (PSDB-SP)

Maria do Carmo Alves (DEM-SE)

Clésio Andrade (PMDB-MG)

Eduardo Amorim (PSC-SE)

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

Vicentinho Alves (SDD-TO)

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

João Capiberibe (PSB-AP)

Lídice da Mata (PSB-BA)

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