Os movimentos da oposição pelo projeto de anistia a golpistas e pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, a situação do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, tema de capa de VEJA desta semana, e as queimadas que atingem o país e deixam o ar insalubre em diversas cidades foram temas da edição desta sexta-feira, 13, da live de Os Três Poderes, de VEJA.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) foi o convidado do dia do programa, que teve apresentação de Ricardo Ferraz e comentários de Robson Bonin, Ricardo Rangel e Marcela Rahal. Sobre o projeto de lei que concede perdão aos baderneiros do 8 de Janeiro e outras manifestações antidemocráticas após as eleições de 2022, o parlamentar disse ver que no Senado há “perspectivas da base do governo apoiar essa anistia”. “Acredito que há possibilidade muito grande de aprovação na Câmara e no Senado”, afirmou.
Izalci também tratou do pedido de impeachment de Moraes entregue pela oposição ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Segundo ele, a questão “pode atrapalhar um pouco” a pauta política na Casa, “se tiver obstrução”, mas também pode servir para que haja um “entendimento entre os Três Poderes” e “um freio de arrumação”.
“Acho que esticaram a corda demais e agora precisa dar um ajuste nisso. Acho que o Pacheco está exagerando na sua paciência, porque a interferência do Supremo nas prerrogativas do Congresso é gritante e inadmissível. Acho que o pedido de impeachment já é uma iniciativa boa pra que haja entendimento. O Supremo precisa baixar a bola um pouco. O próprio Executivo também, porque está extrapolando muito. Precisa sentar os Poderes e dar uma alinhada, mas tem que baixar a bola. Nós estamos do limite da paciência”, ressaltou o senador.
Por fim, ele disse que o PL da Anistia deveria, sim, conceder perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro “porque quem tem que decidir essas questões é o eleitor”. “Eu não vejo nenhum motivo pra que o Bolsonaro fique inelegível e acho que haverá sim o resgate da elegibilidade dele. Vejo que tem um clima já com esta possibilidade”, concluiu.
Os colunistas de VEJA também trataram das últimas pesquisas eleitorais para a prefeitura de São Paulo.
ESCÂNDALO NO PLANALTO
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, deu um detalhado depoimento a colegas de governo sobre as acusações contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. Reportagem de capa de VEJA mostra que ela relatou ser alvo de constrangimentos e importunações sexuais por parte do colega durante meses. O caso era conhecido pelo governo, que só tomou providências quando tudo saiu do controle. Entre os relatos, estão elogios inconvenientes, sussurros eróticos e até um toque de Almeida nas partes íntimas de Anielle durante uma reunião. O ex-ministro negou, mas, para o Planalto, o caso está encerrado. A nova ministra, Macaé Evaristo, toma posse em breve.
UMA PROVA DE FOGO
A menos de um mês da eleição, o que parecia ser uma caminhada tranquila para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, seguir no poder virou uma corrida acidentada, cheia de obstáculos. Um dos motivos foi a entrada de Pablo Marçal na corrida, que bagunçou a disputa e tem dividido os votos mais à direita. Conforme mostra matéria de VEJA, o emedebista dá sinais de recuperação, mas ainda acumula desafios na campanha. No Paraná Pesquisas divulgado hoje, Nunes tem 25,1%, contra 24,7% de Boulos e 21,0% de Marçal. Já segundo o Datafolha, o atual prefeito lidera com 27%, seguido pelo psolista, com 25%. O coach recuou e tem 19%. As próximas semanas prometem fortes emoções.