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Ciro: PT ‘engana eleitor’ com Lula e Haddad e chantageou PCdoB por apoio

Candidato do PDT ainda afirmou, sobre possível união com os petistas no 2º turno, que seu projeto é 'diferente' e que 'PT e PSDB fizeram muito mal ao país'

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 ago 2018, 21h22 - Publicado em 8 ago 2018, 20h45
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  • O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, declarou nesta quarta-feira, 8, que o PT “engana” o eleitor ao oficializar na disputa ao Palácio do Planalto uma chapa composta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “cabeça” e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice.

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    Após participar de um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo, Ciro também acusou os petistas de chantagearem o PCdoB em troca de apoio na corrida pela Presidência. “[O eleitor] está sendo enganado flagrantemente. Porque, se o senso comum for correto, o Lula não é candidato”, afirmou.

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    Condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, Lula está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Mesmo assim, o ex-presidente será registrado como candidato junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o próximo dia 15 e caberá à corte decidir se defere ou não o registro. Caso o petista seja barrado no TSE, Haddad assumirá a titularidade da chapa e terá a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila, do PCdoB, como vice.

    Para Ciro, a estratégia do PT “é um convite à nação para vir dançar na beira do abismo”. “Há uma imensa gratidão justa, merecida, de uma fração importante do povo brasileiro com o Lula, mas isso é suficiente pra você deixar todas as regras de lado e colocar uma dinâmica que hoje é vice, mas não é vice, vai ser vice, depois que não vai ser vice? Isso gera uma confusão”, disse o presidenciável.

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    Questionado pelos jornalistas sobre se houve “chantagem” do PT com o PSB, que fechou um acordo com os petistas e, em troca de acordos regionais, declarou-se neutro na eleição presidencial, deixando de apoiar o pedetista, Ciro respondeu que “feio foi com o PCdoB”.

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    “Feio não foi com o PSB, feio foi com o PCdoB. Chamaram na ‘chincha’, fizeram uma lista de todos os estados e onde o PCdoB não viesse com eles, iam tirar o quociente eleitoral, para o PCdoB fazer deputado, e o PCdoB está muito arriscado de não superar a cláusula de barreira. Em seguida deixaram a [senadora] Vanessa Grazziotin [do PCdoB] sem legenda no Amazonas”, criticou Ciro Gomes.

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    Sobre a declaração de Fernando Haddad de que Ciro estará ao lado do PT em um possível segundo turno, o candidato do PDT afirmou que o partido e o PSDB “fizeram muito mal ao país” e se disse “diferente” dos petistas. “O projeto que eu represento é diferente do projeto do PT. Eu acho que o PT e o PSDB já fizeram muito mal ao país e é preciso criar uma corrente nova e que o país possa se reunir sem ódios, sem rancores para tirar o país dessa crise”, declarou.

    Durante sua participação na sabatina do BTG Pactual com presidenciáveis, Ciro disse que está será a “última vez” em que ele disputará a Presidência. Ele concorreu ao Planalto nos pleitos de 1998 e 2002 e não chegou ao segundo turno em nenhum deles.

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    Vice pensa ‘diferente’ sobre armas e aborto

    Ciro Gomes também comentou brevemente as declarações de sua candidata a vice, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), que em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo se posicionou contra alterações na legislação sobre o aborto e favorável à liberação do porte de armas na zona rural – bandeira defendida pelos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB).

    “Você imagina que o vice pensa igual a mim? Qual vice pensa igual ao titular na história do Brasil?”, afirmou Ciro, que se negou a responder a mais questões sobre o assunto.

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    Na entrevista ao jornal, Katia defendeu a lei do aborto, que prevê a medida em casos de estupro, risco à vida da mãe e feto anencéfalo – neste último, ela ressaltou ser contrária e lembrou ter votado contra no Congresso.

    Sobre o armamento, ela disse que “a população hoje, se for consultada, não quer ficar desarmada. Não porque quer brigar, mas porque quer defender a sua própria família. Então, temos uma opção ótima, que eu concordo em número, gênero e grau. Combater de verdade a violência, combater a marginalidade, desarmar os bandidos. Aí eu sou a favor de desarmar todo mundo. Só não acho justo alguém ficar armado até os dentes e a população totalmente abandonada.”

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