Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cid participava de grupo que tratou sobre ‘careca arrastado por blindado’

Em conversas no WhatsApp, militares atacavam o ministro Alexandre de Moraes e cobravam uma reação ao resultado das eleições

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jun 2023, 14h39

O ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, participava de um grupo no WhatsApp no qual foram defendidas reações por parte de Bolsonaro e das Forças Armadas contra o resultado das eleições de 2022. Os integrantes do grupo questionaram a consequência dessas reações e até se elas descambariam para ações violentas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a Polícia Federal, responsável pelas investigações que encontraram as mensagens, entre os integrantes estavam militares da ativa. O grupo era intitulado “…Dosssss!!!”.

Em 29 de novembro do ano passado, foi enviado um documento chamado “Carta dos Oficiais Superiores da Ativa ao Comandante do Exército Brasileiro”. O material circulou à época em grupos de WhatsApp e trazia críticas ao Judiciário, ressaltando que os oficiais estão “atentos a tudo que está acontecendo”.

Os participantes, então, começaram a discutir se iriam endossar o documento e qual seria o efeito dele. “Vai ter careca sendo arrastado por blindado em Brasília?”, questionou um deles, cuja autoria não está identificada. O material da PF não traz nenhuma resposta ou reação à pergunta.

Dias dois antes, foram compartilhadas no grupo notícias sobre as aproximações entre o governo Lula e os militares e também sobre a antecipação da posse dos novos comandantes.

Continua após a publicidade

Após algumas reclamações, foi perguntado a um dos integrantes qual ação deveria ser tomada. “Uma ação por parte do PR [presidente da República] e FA [Forças Armadas], que espero que ocorra nos próximos dias”, respondeu um participante identificado apenas como Gian.

Já no final de dezembro, um interlocutor identificado como Márcio Resende afirma que se Bolsonaro acionasse o artigo 142 da Constituição [que, sem nenhum respaldo golpista, versa que cabe às Forças Armadas a garantia da lei e da ordem], “não haverá general que segure as tropas”. “Ou participa ou pede para sair!!!”, acrescenta Resende.

Ele ainda acrescenta: “Se a gente não tem coragem de enfrentar o cabeça de ovo e uma fraude eleitoral, vamos enfrentar quem???”.

Não há, no documento, nenhum registro da participação de Mauro Cid no grupo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.