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CGU identificou seis nomes da Petrobras em esquema de propina

Jorge Hage afirmou à CPI da Petrobras que a investigação sobre o pagamento de propina pela SBM Offshore foi mais rápida do que a média

Por Gabriel Castro, de Brasília
7 jul 2015, 11h42
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  • A Controladoria Geral da União (CGU) identificou seis nomes da Petrobras envolvidos no esquema de pagamento de propina e venda de informações sigilosas que favoreceu a holandesa SBM Offshore. A informação foi dada nesta terça-feira à CPI da Petrobras pelo ex-ministro-chefe da CGU, Jorge Hage. Ele também negou que o órgão tenha ocultado as investigações para não prejudicar a campanha de Dilma Rousseff em 2014.

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    A controladoria detectou, além do pagamento de propina, enriquecimento ilícito, transações imobiliárias suspeitas, emprego de parentes na SBM, viagens suspeitas em companhia do lobista Júlio Faerman, vazamento de informações confidenciais sobre o pré-sal. Entre os envolvidos, estavam os então diretores Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Completam a lista José Augusto Salgado, ex-diretor da Diretoria de Exploração, José Orlando Melo de Azevedo, ex-presidente da Petrobras América e José Eduardo Loureiro, que foi gerente do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

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    Hage foi convocado para explicar a suspeita de que a CGU se omitiu diante de informações comprometedoras envolvendo a holandesa SBM Offshore e autoridades da Petrobras. Mas, segundo ele, a CGU passou a investigar o caso em fevereiro de 2014, depois de ser procurada por um jornalista, e agiu com mais rapidez do que em outros casos. “Não é verdade que a CGU teria protelado a investigação sobre o caso, muito menos por interesse político”, disse ele.

    O ex-ministro também disse que só em novembro, depois das eleições, passaram a existir elementos concretos que permitiam à CGU chegar à fase punitiva da investigação. “Neste caso da SBM o tempo que nós demoramos para chegar à fase punitiva foi o menor de todos os grandes casos. Nós demoramos sete meses. A média em outros casos de investigação está em 36 meses”, disse. Ele também afirmou que sob a ótica eleitoral, faria mais sentido a controladoria levar o procedimento adiante e não protelá-lo, já que as denúncias envolvendo o pagamento de propina pela SBM já haviam sido divulgadas pela imprensa à época.

    Hage afirmou que somente em agosto a controladoria foi procurada por Jonathan Taylor, ex-funcionário da SBM, que confirmou o pagamento de propina. Taylor afirmou à CPI que a CGU se omitiu no caso. Mas, de acordo com Jorge Hage, a controladoria decidiu não usar as provas fornecidas pelo ex-funcionário da SBM porque o material havia sido obtido ilegalmente – com gravações clandestinas, por exemplo. A legislação brasileira impede o uso desse material. Hage afirmou também que Taylor era um “chantagista” e que as informações fornecidas por ele “nada acrescentavam às informações que nós tínhamos”.

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