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CGU esperou eleição para abrir processo, diz delator

Órgão recebeu documentos com provas do pagamento de propina da SBM à Petrobras ainda em agosto, mas só abriu processo contra a empresa holandesa depois da reeleição de Dilma

Por Da Redação
14 abr 2015, 07h19
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  • A Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu, durante a campanha eleitoral, provas de que a holandesa SBM Offshore pagou propina para obter contratos com a Petrobras, mas só abriu processo contra a empresa estrangeira após a reeleição da presidente Dilma Rousseff no segundo turno. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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    Em entrevista para a Folha, o britânico Jonathan David Taylor, ex-diretor da SBM, disse que entregou para a CGU, órgão de fiscalização subordinado à Presidência, mil páginas de documentos internos da empresa holandesa com provas das irregularidades. Segundo Taylor, os dados foram repassados entre agosto e outubro de 2014.

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    O ex-diretor da SBM disse que foi sua a iniciativa de procurar a CGU e relatou que, em 27 de agosto, entregou ao órgão o relatório de uma auditoria interna da SBM, mensagens eletrônicas, contratos com o lobista Júlio Faerman, extratos de depósitos em paraísos fiscais, a gravação de uma reunião da empresa e uma lista com nomes da Petrobras. Mesmo com todos esses dados, a CGU só anunciou a abertura do processo contra a SBM Offshore em 12 de novembro – 17 dias depois do segundo turno das eleições.

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    Para Taylor, a demora da CGU atendeu a interesses eleitoreiros. “A única conclusão que posso tirar disso é que essas partes queriam proteger o Partido dos Trabalhadores e a presidente Dilma Rousseff ao atrasar o anúncio dessas investigações para evitar um negativo impacto nas eleições. E para a SBM era importante ter uma sobrevida com os contratos no Brasil”, afirmou o britânico na entrevista à Folha.

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    A SBM Offshore é a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo. Taylor é apontado como o responsável por vazar a conclusão de uma investigação interna da empresa que constatou pagamentos de propina em diversos países. Conforme revelou VEJA em fevereiro 2014, o esquema no Brasil era comandado pelo empresário Julio Faerman, um dos mais influentes lobistas do setor. Ele assinava contratos de consultoria com a SBM que serviam para repassar o dinheiro de propina para diretores da Petrobras.

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    Em depoimento na CPI da Petrobras, o delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da estatal, afirmou que a SBM doou 300 mil reais de forma irregular para a campanha de Dilma em 2010.

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    Ouvida pela Folha, a CGU negou qualquer irregularidade e disse que abriu o processo contra a SBM em novembro porque foi quando encontrou “indícios mínimos de autoria e materialidade” sobre o caso.

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